quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A ditadura da vítima - José Carlos Carturan



Sei que corro o risco de parecer repetitivo ou ‘puxa saco’. Mas confesso que nos últimos anos aprendi muita coisa com meu amigo e mestre José Orlando. Uma delas, que na realidade não apenas aprendi, mas comecei a reparar o quão comum é, foi algo que ele chamou de ‘a ditadura da vítima’.

A primeira vez que mencionou isso para mim, foi em um papo informal, há alguns anos, onde eu perguntava sobre uma pessoa que supostamente vivia ciclos de sofrimento intermináveis. Foi quando meu amigo e xará José me disse: “Zé, que sofrimento nada. Ela (a pessoa) é que pega as coisas e coloca nas costas. Com isso vive cheia de problemas e se vitimiza. Os outros, por sua vez, vivem com pena dela, acham que é uma sofredora. Ela então, se enche de auto piedade, aquele sentimento de coitadinho de mim, o que faz com que as pessoas prestem mais atenção nela e vejam o quanto as coisas dão errado e o quanto o mundo é injusto com ela. Para reter a atenção e justificar possíveis falhas, ela novamente se enche de problemas e afazeres. E então o ciclo recomeça”
Bingo! Já havia reparado que algumas pessoas mantém constantemente esse padrão, mas não tinha percebido a quantidade de pessoas que vivem isso. Não podem estar livres de problemas, que arrumam alguns. Conhece alguém assim? Confesso que conheço ao menos uma dúzia, em diferentes graus. Algumas, vez ou outra entram nesse ciclo. Outras simplesmente não conseguem sair.

Ou estão sem dinheiro, ou estão com problemas no trabalho, ou estão doentes, ou com problemas na família. E se não tiverem nada disso... arranjam qualquer coisa que possa colocá-las com esse sentimento ou pegam os problemas dos outros, só para depois de um tempo dizerem o quanto estão sobrecarregadas.

Alguns usam isso para receber atenção, outros para ganharem carinho, outros para reforçarem sua sensação de importância perante os demais. Só que como qualquer comportamento, isso se torna um padrão e depois de um tempo a pessoa não consegue mais agir diferente. Repete insistentemente isso sem perceber, como um disco (ou CD) riscado. E o pior. Não entendem porque a vida não muda, não melhora.

A carta do Dez de paus no tarô (cuidado com o preconceito, o tarô é um estudo profundo do comportamento humano) representa bem isso. Mostra um homem carregando 10 bastões, com muito sofrimento, injúria, quase sucumbindo ante tantas provações. A carta, no entanto, não mostra o que o levou a isso. Não mostra se os ‘fardos’ lhe foram dados ou se ele foi apanhando os ‘problemas’, que não eram seus, pelo caminho. E pessoas que vivenciam isso, às vezes não percebem também.

Porém, outras vezes percebem e criam uma espécie de ditadura aos que a cercam para que sintam pelo sofrimento que passam. Controlam e manipulam os outros não pela força, mas pela culpa e a piedade que os fazem sentir.

Infelizmente, não percebem que só atraem para si coisas negativas e que ao fazerem isso, perdem o foco no que realmente precisa ser feito. Confundem as coisas, acreditando que para haver conquista e merecimento, antes deve haver sofrimento. Errado. Antes da conquista deve haver sim esforço, trabalho e foco. Simples assim. Não confunda as coisas.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Falsos dilemas - José Carlos Carturan




Que bom seria se o universo fosse tão simples como certas pessoas o fazem parecer. Simplesmente reduzimos questões complexas a questões díspares, opostas, como se estivéssemos o tempo todo restritos a falsos dilemas. Talvez este péssimo hábito seja uma herança da lógica cartesiana ou de uma estrutura social em que temos de nos adequar de uma maneira ‘X’, ou então de maneira contrária a esta maneira ‘X’.

Não é de se espantar que uma das frases mais famosas da história da literatura mundial, a famosa: “Ser ou não ser? Eis a questão”, da obra ‘Hamlet’ de William Shakespeare, seja talvez a representação mais célebre destes falsos dilemas que nos impomos a todo instante. Precisamos sempre ser OU não ser. Mas, porque jamais temos a opção de ser E não ser?

Normalmente rotulamos e somos taxados pelas pessoas como: altos ou baixos, bons ou maus, grandes ou pequenos, gordos ou magros, ricos ou pobres, isto ou aquilo. O fato é que quando reduzimos a questão em rótulos, categorias, opiniões que podem nos levar a caminhos aparentemente opostos, estamos ilusoriamente buscando facilitar situações que nem sempre se resumem à simples escolhas.

Esquecemos que entre em tons contrastantes de preto e branco temos infinitas matizes de tons de cinza. E o pior: Não percebemos que estes tons de cinza são fruto da mistura destas nuances de preto e branco. Às vezes muito escuros, outras vezes mais claros.
Infelizmente estamos sempre tendo de nos posicionar de um lado ou de outro, sendo que há entre o ‘sim absoluto’ e o ‘não absoluto’ uma infindável rede de opções e alternativas a serem consideradas antes de uma escolha ou um posicionamento definitivo. Digo infelizmente, porque quando resumimos as situações desta forma automaticamente estamos ‘afunilando’ nosso ponto de vista e nos privando de conhecer diversos outras possibilidades situadas entre um extremo e outro.

Seja em discussões, debates ou em uma cotidiana opção entre uma coisa e outra, jamais uma verdade, uma escolha estará totalmente correta e a outra totalmente equivocada. Há sempre pontos benéficos em ambos os posicionamentos, e quando cerceamos a nós ou aos outros da chance de perceber o que há em comum entre os opostos, estamos limitando o aprendizado.

E este é o ponto relevante. Não apenas há normalmente mais opções do que as que são opostas entre si, como há um caminho intermediário entre elas, o Caminho do Meio. Há simplesmente o dia e a noite? Ou na intersecção existente entre eles há também a aurora e o crepúsculo, quando dia e noite praticamente ‘misturam-se’?

Evite cair na armadilha dos falsos dilemas. Desde os que são simples, até os que são importantes. Ao reduzirmos questões complexas a alternativas diametralmente opostas, não apenas tornamos limitada nossa capacidade de entendimento, como corremos sério risco de nos tornarmos radicais, fanáticos e colaborar para uma realidade com base em conflitos e divergências onde o consenso e o equilíbrio ficam cada vez mais distantes.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Professores da ETEP, Faculdades Bilac e IBTA recebem palestra da Elleven




Mais uma vez a Elleven sente-se honrada em participar da Semana de Planejamento das Instituições de Ensino vinculadas ao Grupo CETEC.

Cerca de 300 professores das Faculdades Bilac, ETEP e IBTA receberam com muita cordialidade o Dr. José Carlos Carturan que ministrou palestra sobre a continuidade do Programa de Competências Comportamentais aplicadas aos alunos das Instituições como diferenciais para o mercado de trabalho.

Mais uma vez, muito obrigado a todos!!

Equipe Elleven

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Compreensão - José Carlos Carturan



Guarde esta máxima consigo. Você é o que você pensa. No entanto a equação não é tão simples assim. Se em seus pensamentos estão arraigados conceitos fortalecedores, menos mal. Se ao contrário, seus pensamentos estão repletos de crenças limitantes aí as coisas complicam. E complicam pelo simples fato de dificilmente você sentir-se preparado ou bom na medida certa para algo e este pensamento gera outro, extremamente desconfortável. Que é sobre o que você pensa que os outros acham de você.

E sabe o que mais? Mesmo quando você se compromete consigo mesmo a mudar, melhorar, substituir velhos hábitos por novos estes pensamentos atormentam. Normalmente conseguimos sim. A questão é que normalmente queremos resultados imediatos. Uma pessoa que precisa fazer dieta e que está há anos sedentária e descuidando da alimentação geralmente desanima a fazer o tal regime porque o emagrecimento é lento, gradual. Até aí sem novidades, talvez já tenha acontecido com você.

O fato é que em relação ao crescimento interior, esta premissa funciona exatamente do mesmo modo, com alguns agravantes. Na maioria das vezes estas mudanças são paulatinas e não acontecem bruscamente, mas sim de modo lento e quase imperceptível. Os antigos místicos diziam sabiamente que temos que nos acostumar com a claridade, antes de ver a Luz Maior.

Tanto a mente quanto o corpo começam a ser preparados para tal empreitada. Na mente padrões de pensamento, novas percepções, um ‘feeling’ diferente acontece. Estes novos padrões começam a refletir no corpo. Tudo isto começa a ser notado em nosso cotidiano quando, por exemplo, percebemos que algo que muito nos agradava passa a ter um menor significado,quando o que antes nos incomodava agora não mais nos afeta, quando valores antigos começam a ser substituídos e até mesmo pessoas e companhias que outrora eram agradáveis já não são mais tão atraentes.

Mas por que estas mudanças tão gratificantes são tão difíceis de ser assimiladas? Simples. Porque as pessoas ao seu redor continuarão as mesmas e em muitos casos estranharão e não compartilharão deste novo modo de ver o mundo e as coisas, mesmo aqueles que te amam.

Definitivamente não é possível restabelecer o ‘Velho Mundo’ no ‘Novo Continente’. O que muda jamais volta a ser como antes e aos poucos seus padrões antigos mudam. Estas diferenças e este afastamento ocorrem porque estas pessoas, estáticas no seu ‘Velho Mundo’ de referências e paradigmas antigos e obtusos sentem-se desprestigiadas e podem atrapalhar este caminho de desenvolvimento. Estas pressões servem apenas para salientar ainda mais as diferenças.

Não se detém quem passa a empreender tal jornada, pois quando se avista um horizonte mais amplo é difícil contentar-se com a maquete da realidade. Saiba que cada caminho é ÚNICO e PESSOAL. E que justamente por este motivo devemos exercer uma das grandes virtudes humanas em relação aos demais. A COMPREENSÃO. Compreender o que os outros pensam, sem, no entanto se afetar ou contaminar com isso. Chegar a este denominador comum é determinante para continuar a escalada de evolução pessoal.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A pergunta final - José Carlos Carturan


São seus últimos momentos de vida. De forma totalmente inesperada, inusitada, surpreendente algo acontece com você. Em milésimos de segundos, como se fosse um filme, imagens de pessoas que você ama, de lugares que conheceu, situações importantes e relevantes em sua vida começam a passar em ‘flashes’ diante de seus olhos. No entanto, dentre todas as sensações, a mistura de emoções, sentimentos e receios uma pergunta aparece em destaque na sua mente, que já não consegue manter uma linha de raciocínio. Você tenta desviar a atenção, mas a pergunta novamente aparece em sons, imagens e sentimentos, como se fosse uma cobrança, ou uma autocobrança.

E a pergunta é: Consegui cumprir minha missão?
Logicamente partindo do pressuposto que você tem uma missão a cumprir, aprendizados a receber e a tarefa de compartilhar com os outros alguns dons que lhe foram confiados pelo Grande Pai Celestial. É o milagre da vida que nos foi dada e a missão que temos a cumprir. E a sua mente repete a pergunta: Afinal você cumpriu ou não sua missão de vida? Se tudo terminasse hoje, você teria atingido seu real propósito?

Realmente há alguns que não tem a mínima ideia de tudo isso, que realmente vivem distantes destes conceitos e talvez seja este um dos maiores motivos de tantas pessoas insatisfeitas, infelizes e amarguradas.
No entanto a grande dúvida é: Como posso descobrir minha missão? E há dois pontos relevantes nesta questão: Primeiro. Qualquer função, qualquer profissão, qualquer atividade pode se transformar em um propósito de vida, desde que exercida com respeito, dignidade e competência, ou seja, para cumprir nossa missão não necessariamente precisamos ocupar uma posição de destaque.
Segundo ponto: Como tomar a decisão correta? Como saber qual é o caminho a ser seguido? Difícil esta resposta, não é? Talvez a única maneira seja realmente seguir nossa intuição, que insistimos em menosprezar.

Há um trecho de um livro de Carlos Castañeda que diz o seguinte: “É inútil desperdiçar a vida em um único caminho, especialmente se este caminho não tiver CORAÇÃO. Antes de tomar um caminho, faça a seguinte pergunta: Este caminho "tem coração”? Se a resposta for não, você saberá e deverá escolher outro caminho. Um caminho "sem coração" jamais é agradável. Você terá que se esforçar muito, até mesmo para iniciá-lo. Por outro lado, o caminho "com coração" é fácil; não o obriga a esforçar-se para dele gostar"

Talvez este seja o único meio de descobrirmos qual nosso real propósito. Buscarmos algo que fazemos com o coração, que nos traga satisfação e prazer. Na pior das hipóteses, ainda que não obtenha total êxito, você estará alinhado a coisas que para você são importantes. E não há nada que traga maior satisfação do que fazer o que se gosta. Mesmo que para isso seja necessário tomar algumas decisões, quebrar alguns paradigmas e mudar completamente de rumo, sabendo ao menos o destino que almeja. As pessoas que se propõem a assumir este risco normalmente tornam suas vidas em algo que vale a pena.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Projeto de Competências - Cetec e Elleven




Com muita honra começamos 2013 sedimentando a parceria entre as Instituições de Ensino do Grupo CETEC (ETEP, Faculdades Bilac, IBTA e FAATESP) para o desenvolvimento e aplicação do inovador e ousado Programa de Desenvolvimento de Competências voltado aos alunos das Instituições.

A ideia de vanguarda é conseguir fornecer ao mercado de trabalho profissionais que além da reconhecida capacitação técnica que as instituições já são renomadas em proporcionar possuam também as tão buscadas competências comportamentais, o sonho de qualquer empresa moderna.

Muito obrigado mais uma vez pela confiança!!

Equipe Elleven

Lojas Marisa recebe palestra da Elleven


Dando continuidade em 2013 ao programa de treinamentos elaborado em parceria com a Elleven, nos últimos dias 30 e 31/01 mais uma vez as equipes de atendimento das Lojas Marisa tiveram uma palestra ministrada pelo Dr. José Carlos Carturan sobre automotivação e metas e objetivos pessoais e profissionais para 2013.

Fomos recebidos com o costumeiro carinho e hospitalidade por todos e temos certeza que muitas dessas pessoas tem um caminho profissional brilhante pela frente...

Obrigado!!

Equipe Elleven

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013