Costumo iniciar o ano saudando o ciclo que se inicia. Porém,
antes de escrever o artigo fui reler o que havia escrito para o início do ano
de 2012. Confesso que fiquei impressionado... Como acredito que nem todos
tenham lido no ano passado e os que leram talvez tenham esquecido e
principalmente pelo fato de ter dado ‘tão certo’ em 2011 e 2012 (quem esteve
comigo vai entender) , transcrevo com as adaptações necessárias para este 2013.
Algo que é pessoal, mas que talvez
represente alguns dos anseios comuns a tantos de nós, pessoas humanas. Antes de
tudo, porém, agradeço ao ciclo que se finda, chamado ‘2012’.
Confesso que o texto serve também de guia pessoal, visando à
estrita observância de alguns itens que obviamente não servem como receita infalível
para uma vida perfeita, mas são preceitos razoáveis para um cotidiano mais
aprazível.
Então, que seja bem vindo este 2013, que outrora pareceu tão
distante, mas agora já é e deve ser usado como...presente. Que traga consigo as
lições que devo aprender, para quem sabe com muita dedicação melhorar um pouco,
frente ao muito que é necessário, a pessoa que sou.
E que para isto, como
sempre ouço de um grande mestre e amigo, eu tenha dentro do meu coração as
cordas afinadas no mesmo diapasão que toca o “Grande Violão”. E que eu consiga
diferenciar os ritmos; aliás, que eu esteja sempre no ritmo, no ritmo certo,
seguindo o fluxo das coisas, nem tão veloz como normalmente exige a ardil
ansiedade, nem tão lento como manda a sagaz displicência.
Que meus sonhos continuem vivos. E se estes sonhos estiverem
em desacordo com minha missão, que eu passe a ter novos sonhos, que atendam o
meu real propósito em estar vivo. Falando em sonhos, que eu perceba sempre,
dormindo ou acordado, que meus sonhos são a mais pura ligação entre minha alma
e meu destino. E sabendo disso que eu não seja precipitado e nem leviano com
estes sonhos.
Que eu saiba desfrutar dos bons momentos com alegria e
discernimento e consiga assimilar os golpes que virão com dignidade e o mesmo
discernimento. Além disso, que eu tenha sensibilidade suficiente para perceber
quando os golpes de outras pessoas são desferidos contra mim, por algo que
tenha feito (ou deixado de fazer) e quando sirvo apenas como recipiente para as
confusões, desacertos e inseguranças delas. Lembrando, claro, de rogar ao Pai
Celestial que mantenha em meu caminho os reais companheiros de jornada, mas que
também continue a abençoar e guardar, sem nenhum ressentimento, os que optaram
por outras trilhas. Ah! Importante! Que minha percepção seja suficiente para
diferenciá-los quando cruzarem meu caminho.
Que os ventos e tempestades de mudança sejam de intensidade
suportável e me mantenham com os pés no chão, disposto a colocar mais uma
pedra, depois de polida, em minha edificação pessoal, que deve obedecer a um
complexo paradoxo entre a consistência firme de caráter, unida à flexibilidade
em saber como e quando devo mudar. Tudo isto, sem sucumbir aos sorrateiros
venenos da vaidade, deslealdade e outros tão traiçoeiros quanto. E que o ímpeto,
como uma chama que brilha intensa e continuamente continue a guiar meus passos,
sempre em equilíbrio, nesta Odisseia chamada vida.
Que assim seja.
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