terça-feira, 17 de setembro de 2013

Falsas Necessidades - José Carlos Carturan



Nesta semana, bem corrida diga-se de passagem, emendei um papo muito bacana com uma grande amiga sobre algumas questões bem interessantes. Falamos sobre a questão dos desejos do ser humano e dos objetos ou meios que são utilizados para preencher, atender tais necessidades, na maioria das vezes, falsas. Não por coincidência me deparei com um texto de um mestre zen chamado Osho, que atribui grande parte das dificuldades que sentimos ao ‘conflito – sentir x pensar’. Acompanhe o texto abaixo:
‘O seu sentimento e o seu pensamento tornaram-se duas coisas diferentes e este é o problema básico. Aquele seu lado que pensa e aquele seu lado que sente tornaram-se dois e você identifica-se com a parte que pensa e não com a parte que sente.

E sentir é mais real do que pensar; sentir é mais natural do que pensar.
Você nasce com um coração que sente, mas o pensamento é cultivado, ele é-lhe dado pela sociedade. E o seu sentimento tornou-se algo suprimido.
Mesmo quando você diz que sente, você apenas pensa que sente. O sentimento tornou-se morto e isto aconteceu devido a determinadas razões.

Quando uma criança nasce ela é um ser que sente; ela sente coisas, mas ela ainda não é um ser pensante. Ele é natural, como tudo o que é natural, como uma árvore, um animal. Começamos, entretanto, a moldá-la a cultivá-la. Ela terá de suprimir os seus sentimentos, ou se isto não acontecer, estará sempre com dificuldades.

Quando quiser chorar, não poderá fazê-lo, pois os seus pais a censurarão. Será condenada, não será apreciada e nem amada. Não será aceita como é. Deve comportar-se de acordo com determinada ideologia, determinados ideais. Só então será amada.
Do modo como ela é, o amor não se destina a ela. Só pode ser amada se seguir determinadas regras. Tais regras são impostas, não são naturais.

O ser natural dá lugar a um ser suprimido e aquilo que não é natural, o irreal é-lhe imposto.
Esse "irreal" é a sua mente e chega um momento em que a divisão é tão grande que já não se pode mais ultrapassá-la.
Você esquece-se completamente do que a sua verdadeira natureza foi ou é.

Você é um falso rosto; o semblante original perdeu-se. E você também receia sentir o original, pois no momento em que o sentir toda a sociedade se voltará contra si. Você, portanto, coloca-se contra a sua natureza real.

Quando elas são suprimidas, você passa a criar necessidades simbólicas. Por exemplo, você pode começar a compra cada vez mais coisas, enchendo-se de novos itens, e nunca sentir que é o bastante.

Você pode continuar comprando; posto que a necessidade é falsa, ela jamais poderá ser preenchida. E vivemos entregues a falsas necessidades. Por isso não há realizações’
Logicamente o raciocínio não está restrito ao ato de comprar, mas diz respeito aos subterfúgios que nós seres humanos usamos no dia a dia.Explica muita coisa, não é?

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Solidariedade - Ana Lucia Aluotto



Hoje me peguei questionando sobre Solidariedade,ser Solidário. Então, resolvi pesquisar o significado desses termos e encontrei:Solidariedade: Sentimento que leva os homens a se auxiliarem mutuamente. Solidário:É aquela pessoa que ajuda o próximo.

Está muito na moda falar em Solidariedade, todos os dias recebemos ligações de instituições pedindo dinheiro para ajudar, para manter crianças, idosos, vemos Criança Esperança, Tele Ton e outras tantos pedidos para colaborarmos.

Não estou criticando, até porque muitas dessas entidades dependem desse dinheiro para continuar ajudando a melhorar, mesmo que pouco, a vida de tantas pessoas. Na verdade esse texto vem no intuito de refletirmos um pouco sobre nossas ações.

Quando vemos grandes tragédias, nosso sentimento de solidariedade vem bem rápido, nos mobilizamos e tentamos ajudar de alguma maneira, mas e no nosso dia a dia...

Será que Solidariedade ou Ser Solidário é só ajudar com dinheiro?
Será que praticamos esse ato tão nobre de Ajudar com quem está próximo a nós?
Ser Solidário não pode ser ouvir seu amigo num momento que ele precisa desabafar?
Abraçar sua mãe naquele dia que ela está mais frágil?
Ajudar seu pai a resolver um problema que o está angustiando?
Dar apoio ao seu irmão para ele atingir o objetivo desejado?
Porque muitas vezes nos sensibilizamos com problemas de pessoas que nem conhecemos e ao mesmo tempo não olhamos pro nosso lado pra ajudar aquela pessoa tão próxima?

É algo simples, mas nem sempre conseguimos. Quando são divulgados os telefones do Criança Esperança, as pessoas ligam, mas no dia a dia não conseguem ver que podem fazer muito mais por aquele amigo, familiar, vizinho...

O ato de Ser Solidário, de praticar a Solidariedade está bem ao alcance de nossas mãos e não precisa ser praticado apenas monetariamente. Ser solidário pode ser até mesmo ajudar uma criança, um idoso, um deficiente a atravessar a rua, doar um pouco do nosso tempo pra visitar e abraçar aqueles que por algum motivo estão tão sozinhos nesse mundo.

A Solidariedade não faz bem ao próximo, faz bem a nós mesmos, pois ajudando o outro trazemos pra nós a paz de espírito. E não existe dinheiro que pague estar bem com seu interior.



Sobre a autora:
Ana Lucia Aluotto é Cirurgiã Dentista formada pela UMC (Universidade de Mogi das Cruzes)com 13 anos de experiência
e formação em Practitioner em PNL pela Elleven Desenvolvimento Humano.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

COC São José dos Campos realiza treinamento com a Elleven



Na última segunda feira 09/09 a Elleven Treinamentos por
intermédio do Dr. José Carlos Carturan esteve pelo segundo
ano consecutivo ministrando um módulo de treinamento para a
competente e acolhedora Equipe do COC São José dos Campos.

Para nós da Elleven é gratitificante ao extremo sermos chamados
a trabalhar novamente em uma empresa. Significa mais do que mais
uma oportunidade de demonstrarmos mais uma vez nosso trabalho e
potencial,significa principalmente o reconhecimento do trabalho
anterior e a comprovação do resultado obtido pela equipe.

Obrigado mais uma vez pela confiança.

Desejamos muito sucesso a todos do COC!!

Equipe Elleven

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A história de 'Comum' - José Carlos Carturan



Esta é a história de um “Zé Ninguém” chamado “Comum” que vivia na terra de “Conforto”. Em “Conforto” os dias eram iguais. “Comum” se levantava, ia ao trabalho, fazia sempre as mesmas coisas.

Quando voltava do trabalho, “Comum” assistia àquela caixa que emanava imagens e sons e hipnotizava os “Zés Ninguém”. Às vezes tinha a companhia de “Melhor Amigo”. “Comum” acreditava ser feliz e que a rotina era segura, confiável e não precisava nada além daquilo.

Porém numa certa manhã, “Comum” acordou com um sentimento intenso de que faltava algo grandioso em sua vida. Estranhando a situação, “Comum” levantou-se e percebeu em sua escrivaninha uma pena e um bloco de anotações em branco.
Foi então que “Comum” descobriu que havia sido feito por seu “Criador” para ser “Alguém” e realizar “Grandes Coisas”. Ele já ouvira boatos que na terra de “Conforto” outros “Zés Ninguém” também haviam despertado para seu “Grande Sonho”, mas jamais pensou que isto pudesse acontecer com ele.

Seu trabalho, outrora confortável tornava-se desgastante, porque agora ele sabia que havia nascido para realizar o “Grande Sonho”. No entanto, “Comum” sentia-se paralisado, pois havia responsabilidades e outros “Zés Ninguém” que contavam com ele.
Resolveu contar ao seu pai sobre o “Grande Sonho”. Seu pai então, disse-lhe: “Que bom, meu filho. Desde pequeno você já falava sobre seu “Grande Sonho”. E perguntou a “Comum”: “Ao acordar você encontrou pena e papel?”

“Comum” ficou surpreso e seu pai continuou: “Também já despertei para meu “Grande Sonho”. Deixei então a pena no mesmo lugar, para esperar uma oportunidade de perseguí-lo, mas nunca pareceu-me possível. Ao me dar conta, algum tempo depois, a pena e o papel haviam virado pó.

“Comum” então escreveu detalhadamente seu “Grande Sonho”, para sempre se lembrar da “Verdade”. E para isto “Comum” precisaria fazer escolhas difíceis, fazer sacrifícios, mas percebeu também que seu “Grande Sonho” era grandioso demais para ser esquecido.
Na manhã seguinte, “Comum” iniciou sua caminhada, até que chegou à saída de “Conforto”, local onde a maioria dos “Zés Ninguém” dava meia volta.

Então se deu conta que para conquistar o que mais amava, teria de fazer o que mais temia. Ao chegar à fronteira de “Conforto”, ouviu uma voz, de dentro de si, que questionava: “Será que tenho talento e capacidade para isto? Será que sou digno, merecedor de um sonho tão grande? Não seria melhor continuar tudo como está? Afinal vivo bem em “Conforto”.

Foi então que “Comum” deparou-se com o famoso, temido e invisível “Muro de Medo”. Sair dali rumo a “Desconhecido” parecia muito difícil.

“Comum” se deu conta que teria de optar entre “Conforto” e “Grande Sonho”. Ao imaginar-se conquistando seu sonho,”Comum” deu aquele pequeno, porém decisivo passo, atravessando definitivamente o invisível “Muro de Medo” e percebeu que finalmente havia deixado “Conforto” em busca do “Grande Sonho”. Seguiu seu caminho satisfeito, orgulhoso de si mesmo, acompanhado de “Coragem” e com seu sonho pulsando no peito.

*Baseado –“O doador de sonhos” de Bruce Wilkinson.