terça-feira, 17 de setembro de 2013

Falsas Necessidades - José Carlos Carturan



Nesta semana, bem corrida diga-se de passagem, emendei um papo muito bacana com uma grande amiga sobre algumas questões bem interessantes. Falamos sobre a questão dos desejos do ser humano e dos objetos ou meios que são utilizados para preencher, atender tais necessidades, na maioria das vezes, falsas. Não por coincidência me deparei com um texto de um mestre zen chamado Osho, que atribui grande parte das dificuldades que sentimos ao ‘conflito – sentir x pensar’. Acompanhe o texto abaixo:
‘O seu sentimento e o seu pensamento tornaram-se duas coisas diferentes e este é o problema básico. Aquele seu lado que pensa e aquele seu lado que sente tornaram-se dois e você identifica-se com a parte que pensa e não com a parte que sente.

E sentir é mais real do que pensar; sentir é mais natural do que pensar.
Você nasce com um coração que sente, mas o pensamento é cultivado, ele é-lhe dado pela sociedade. E o seu sentimento tornou-se algo suprimido.
Mesmo quando você diz que sente, você apenas pensa que sente. O sentimento tornou-se morto e isto aconteceu devido a determinadas razões.

Quando uma criança nasce ela é um ser que sente; ela sente coisas, mas ela ainda não é um ser pensante. Ele é natural, como tudo o que é natural, como uma árvore, um animal. Começamos, entretanto, a moldá-la a cultivá-la. Ela terá de suprimir os seus sentimentos, ou se isto não acontecer, estará sempre com dificuldades.

Quando quiser chorar, não poderá fazê-lo, pois os seus pais a censurarão. Será condenada, não será apreciada e nem amada. Não será aceita como é. Deve comportar-se de acordo com determinada ideologia, determinados ideais. Só então será amada.
Do modo como ela é, o amor não se destina a ela. Só pode ser amada se seguir determinadas regras. Tais regras são impostas, não são naturais.

O ser natural dá lugar a um ser suprimido e aquilo que não é natural, o irreal é-lhe imposto.
Esse "irreal" é a sua mente e chega um momento em que a divisão é tão grande que já não se pode mais ultrapassá-la.
Você esquece-se completamente do que a sua verdadeira natureza foi ou é.

Você é um falso rosto; o semblante original perdeu-se. E você também receia sentir o original, pois no momento em que o sentir toda a sociedade se voltará contra si. Você, portanto, coloca-se contra a sua natureza real.

Quando elas são suprimidas, você passa a criar necessidades simbólicas. Por exemplo, você pode começar a compra cada vez mais coisas, enchendo-se de novos itens, e nunca sentir que é o bastante.

Você pode continuar comprando; posto que a necessidade é falsa, ela jamais poderá ser preenchida. E vivemos entregues a falsas necessidades. Por isso não há realizações’
Logicamente o raciocínio não está restrito ao ato de comprar, mas diz respeito aos subterfúgios que nós seres humanos usamos no dia a dia.Explica muita coisa, não é?

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Solidariedade - Ana Lucia Aluotto



Hoje me peguei questionando sobre Solidariedade,ser Solidário. Então, resolvi pesquisar o significado desses termos e encontrei:Solidariedade: Sentimento que leva os homens a se auxiliarem mutuamente. Solidário:É aquela pessoa que ajuda o próximo.

Está muito na moda falar em Solidariedade, todos os dias recebemos ligações de instituições pedindo dinheiro para ajudar, para manter crianças, idosos, vemos Criança Esperança, Tele Ton e outras tantos pedidos para colaborarmos.

Não estou criticando, até porque muitas dessas entidades dependem desse dinheiro para continuar ajudando a melhorar, mesmo que pouco, a vida de tantas pessoas. Na verdade esse texto vem no intuito de refletirmos um pouco sobre nossas ações.

Quando vemos grandes tragédias, nosso sentimento de solidariedade vem bem rápido, nos mobilizamos e tentamos ajudar de alguma maneira, mas e no nosso dia a dia...

Será que Solidariedade ou Ser Solidário é só ajudar com dinheiro?
Será que praticamos esse ato tão nobre de Ajudar com quem está próximo a nós?
Ser Solidário não pode ser ouvir seu amigo num momento que ele precisa desabafar?
Abraçar sua mãe naquele dia que ela está mais frágil?
Ajudar seu pai a resolver um problema que o está angustiando?
Dar apoio ao seu irmão para ele atingir o objetivo desejado?
Porque muitas vezes nos sensibilizamos com problemas de pessoas que nem conhecemos e ao mesmo tempo não olhamos pro nosso lado pra ajudar aquela pessoa tão próxima?

É algo simples, mas nem sempre conseguimos. Quando são divulgados os telefones do Criança Esperança, as pessoas ligam, mas no dia a dia não conseguem ver que podem fazer muito mais por aquele amigo, familiar, vizinho...

O ato de Ser Solidário, de praticar a Solidariedade está bem ao alcance de nossas mãos e não precisa ser praticado apenas monetariamente. Ser solidário pode ser até mesmo ajudar uma criança, um idoso, um deficiente a atravessar a rua, doar um pouco do nosso tempo pra visitar e abraçar aqueles que por algum motivo estão tão sozinhos nesse mundo.

A Solidariedade não faz bem ao próximo, faz bem a nós mesmos, pois ajudando o outro trazemos pra nós a paz de espírito. E não existe dinheiro que pague estar bem com seu interior.



Sobre a autora:
Ana Lucia Aluotto é Cirurgiã Dentista formada pela UMC (Universidade de Mogi das Cruzes)com 13 anos de experiência
e formação em Practitioner em PNL pela Elleven Desenvolvimento Humano.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

COC São José dos Campos realiza treinamento com a Elleven



Na última segunda feira 09/09 a Elleven Treinamentos por
intermédio do Dr. José Carlos Carturan esteve pelo segundo
ano consecutivo ministrando um módulo de treinamento para a
competente e acolhedora Equipe do COC São José dos Campos.

Para nós da Elleven é gratitificante ao extremo sermos chamados
a trabalhar novamente em uma empresa. Significa mais do que mais
uma oportunidade de demonstrarmos mais uma vez nosso trabalho e
potencial,significa principalmente o reconhecimento do trabalho
anterior e a comprovação do resultado obtido pela equipe.

Obrigado mais uma vez pela confiança.

Desejamos muito sucesso a todos do COC!!

Equipe Elleven

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A história de 'Comum' - José Carlos Carturan



Esta é a história de um “Zé Ninguém” chamado “Comum” que vivia na terra de “Conforto”. Em “Conforto” os dias eram iguais. “Comum” se levantava, ia ao trabalho, fazia sempre as mesmas coisas.

Quando voltava do trabalho, “Comum” assistia àquela caixa que emanava imagens e sons e hipnotizava os “Zés Ninguém”. Às vezes tinha a companhia de “Melhor Amigo”. “Comum” acreditava ser feliz e que a rotina era segura, confiável e não precisava nada além daquilo.

Porém numa certa manhã, “Comum” acordou com um sentimento intenso de que faltava algo grandioso em sua vida. Estranhando a situação, “Comum” levantou-se e percebeu em sua escrivaninha uma pena e um bloco de anotações em branco.
Foi então que “Comum” descobriu que havia sido feito por seu “Criador” para ser “Alguém” e realizar “Grandes Coisas”. Ele já ouvira boatos que na terra de “Conforto” outros “Zés Ninguém” também haviam despertado para seu “Grande Sonho”, mas jamais pensou que isto pudesse acontecer com ele.

Seu trabalho, outrora confortável tornava-se desgastante, porque agora ele sabia que havia nascido para realizar o “Grande Sonho”. No entanto, “Comum” sentia-se paralisado, pois havia responsabilidades e outros “Zés Ninguém” que contavam com ele.
Resolveu contar ao seu pai sobre o “Grande Sonho”. Seu pai então, disse-lhe: “Que bom, meu filho. Desde pequeno você já falava sobre seu “Grande Sonho”. E perguntou a “Comum”: “Ao acordar você encontrou pena e papel?”

“Comum” ficou surpreso e seu pai continuou: “Também já despertei para meu “Grande Sonho”. Deixei então a pena no mesmo lugar, para esperar uma oportunidade de perseguí-lo, mas nunca pareceu-me possível. Ao me dar conta, algum tempo depois, a pena e o papel haviam virado pó.

“Comum” então escreveu detalhadamente seu “Grande Sonho”, para sempre se lembrar da “Verdade”. E para isto “Comum” precisaria fazer escolhas difíceis, fazer sacrifícios, mas percebeu também que seu “Grande Sonho” era grandioso demais para ser esquecido.
Na manhã seguinte, “Comum” iniciou sua caminhada, até que chegou à saída de “Conforto”, local onde a maioria dos “Zés Ninguém” dava meia volta.

Então se deu conta que para conquistar o que mais amava, teria de fazer o que mais temia. Ao chegar à fronteira de “Conforto”, ouviu uma voz, de dentro de si, que questionava: “Será que tenho talento e capacidade para isto? Será que sou digno, merecedor de um sonho tão grande? Não seria melhor continuar tudo como está? Afinal vivo bem em “Conforto”.

Foi então que “Comum” deparou-se com o famoso, temido e invisível “Muro de Medo”. Sair dali rumo a “Desconhecido” parecia muito difícil.

“Comum” se deu conta que teria de optar entre “Conforto” e “Grande Sonho”. Ao imaginar-se conquistando seu sonho,”Comum” deu aquele pequeno, porém decisivo passo, atravessando definitivamente o invisível “Muro de Medo” e percebeu que finalmente havia deixado “Conforto” em busca do “Grande Sonho”. Seguiu seu caminho satisfeito, orgulhoso de si mesmo, acompanhado de “Coragem” e com seu sonho pulsando no peito.

*Baseado –“O doador de sonhos” de Bruce Wilkinson.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Amsted Maxion recebe treinamentos da Elleven




Em duas oportunidades nos meses de julho e agosto, a Amsted Maxion, empresa com mais de 70 anos de história e uma das grandes responsáveis pelo progresso do nosso país recebeu a Equipe da Elleven para treinamentos referentes ao seu Programa de Desenvolvimento de Líderes de sua equipe de líderes e gestores.

Ministrados pelo Dr. José Carlos Carturan, os eventos realizados na cidade de Cruzeiro/SP contaram com a presença de mais de 60 pessoas responsáveis por equipes de variados setores da empresa.

A Elleven agradece a confiança e a oportunidade, mas acima de tudo sente-se feliz com a acolhida carinhosa e respeitosa recebida.

Você é sincero? - Alex Baylon



É assim, de vez em quando o eu interno me chama para bater um papo! Papo cabeça, sabe? Daqueles que dá trabalho pensar. Às vezes chego a falar que não vou conversar porque quero deixar as sinapses sem rumo por ai... tá bom que um practitioner consegue evitar um boa prosa!

Esse eu interior me intimou de novo a prestar atenção ao ambiente. Você também faz isso? Então talvez tenha percebido que tem uma espécie comum, que se auto intitula “sou sincero”. Geralmente essas criaturas têm umas tiradas engraçadas; outras vezes achamos que é maldade, outras vezes não detectamos nada – afinal, quem fica analisando tudo 100% do tempo? Mas é fato que os “sou sincero” não passam despercebidos. A gente sempre conhece alguns exemplares.

Na minha comunicação, procuro ser claro, ir direto ao ponto, dizer o que é preciso – me esforço nisso, nem sempre acerto. Por vezes busco adequar meu comportamento e discurso, seja escrito ou verbal, de modo que a pessoa com quem me comunico me entenda. Contextualizo. Não é ‘fru fru’, não quero ser bonzinho, faço isso para conseguir discutir ideias, evitando que as questões fiquem no nível pessoal.

O “sou sincero” faz isso sem esforço. Fala na lata o que pensa. Da maneira que vem na cabeça.
O processo de elaborar uma opinião exige trabalho, busca de conhecimento, geração de discernimento, aprendizado, e polimento para que fiquemos satisfeitos com o que temos em mente. Se falarmos tudo na lata, será que dá tempo de polir o pensamento?
Pois é, na média parece que não. Os “sou sincero” são taxados de agressivos, inconvenientes, às vezes de falsos, pois suas palavras são lançadas cheias de arestas que entram rasgando os ouvidos e espetam a mente de que as ouve. Machucam. Ofendem. Incomodam.

Por vezes a gente dá graças por não ter sido o alvo do comentário de um “sou sincero”. Quando estamos de fora, às vezes achamos graça, em outras até concordamos com a essência, mas não com o jeito. E é aqui que reside o problema. O jeito é o polimento necessário da comunicação. As pessoas não são obrigadas a ouvir as verdades do jeito que alguém as atira nelas. Elas têm o direito de – com todo respeito, com jeito – saber as opiniões dos outros sobre suas atitudes, comportamentos, ideias, para que elas possam genuinamente se interessar em aprender, em mudar. Elas têm um direito maior ainda: de não querer ouvir nada! – e por vezes o “sou sincero” quer obrigar os outros a escutar... Inimizades podem surgir assim.

Percebo também que os “sou sincero” geralmente se ofendem fácil. Porque o processo de cognição deles é igual em ambos os sentidos e com a mesma referência. Assim como sai aresta, entra aresta; porque não há preocupação em entender o que o outro disse, as palavras são tomadas cruas, literais e causam no “sou sincero” o mesmo efeito de agressividade. É comum o “sou sincero” retrucar, responder, complementar, arguir, enfim, de um modo ou de outro, devolve.

E o que fazer? Quisera eu ter todas as respostas! Mas, sabendo que o indivíduo mais flexível sempre está no controle, quando ouço um “sou sincero”, procuro eu fazer o processo cognitivo, busco a essência, penso em como seria a melhor maneira de expressar e assumo que assim foi feito. Evito inimizades, crio amigos, inclusive amigos perfil “sou sincero”!
Agora, alguém me dá uma dica de como influenciar um “sou sincero” a pensar no causo?



Sobre o autor:
Alex Baylon é Marido da Cíntia, pai da Melissa, Engenheiro e Administrador
Practitioner em PNL, formação em Hipnose, Reiki e Tarô.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Vivendo e aprendendo a jogar - Regina Maia



Pois é. Olha em volta e vê tanta bagunça, olha dentro e percebe que tudo começou ali.
Lá naquela época que alguém ou algo chegou e com sua permissão (!) tirou tudo fora do lugar.

Ai você se magoou. Disse que não brincava mais. Como a vida se atreve a devolver com desordem e dor tudo de bom que você fez? Afinal, tudo o que se queria era perfeição. O bom emprego, família linda, aquela pessoa que lhe completaria.
Aí, veio a decepção. O trabalho não satisfazia mais, aquela pessoa de príncipe ou princesa virou sapo. A família revelou seu lado obscuro. E tome decepção. E ai você disse: NÃO BRINCO MAIS!

Pois bem, uma novidade: a vida segue. O movimento é constante. O que pra você não deu certo, vai dar com outra pessoa e (que raiva!) muitas vezes com os mesmos personagens da trama menos você. E não adianta querer deixar de jogar o jogo...
Ele continua ai, rolando a sua revelia.

E se você não joga, vira joguete. O sujeito passivo da oração. Sofrendo com a bagunça interna e externa que o movimento da vida te impõe. Só porque você não quer jogar. Só, porque acreditou que fazendo birra a vida iria te mimar....
A vida é boa pra quem vive. Não permite que se pare com o jogo. É como o rio que para e adoece. Vida é movimento e se você para, seu interior adoece e o exterior reflete a bagunça interna.

Vamos então aprender com a vida. O que está estagnado em você? O que precisa fluir como o rio pra fazer brotar a vida em seu interior e por onde você passar?
Descontar na comida e bebida não vale. Sair pegando qualquer pessoa pra disfarçar a dor também não resolve. Vai fazer o que então? Se tanta coisa não depende de você diretamente?
Pois é. Concordo. Mas isso lá é desculpa pra deixar de fazer o que depende?
Enxergou algo que não agrada? Depende de atitude sua? Então vai lá e arruma do seu jeito. Da maneira que te agrada. É o modo de dizer à vida que você está lá, prestando atenção.

" Tô aqui jogando o jogo", é esse o recado. E espera o próximo movimento, sempre acertando o que depende de você. Isso gera a segurança pros movimentos incertos da vida. E com segurança as decisões se tornam menos desafiadoras.
Bora ser feliz? Entender que no movimento da vida nem tudo é perfeito, mas, que dá pra fazer limonada com limão?
Volta a jogar e apreciar os movimentos que a vida faz como uma música. É. ela tem seu ritmo, e também refrão . Parece que o refrão é a gente que escolhe, já percebeu? É aquele pedaço que se repete depois de cada estrofe. Esse depende de você. Então depois do poema ela te deixa escrever ; aí escreva o que mais combinar com seu gosto, com seu jeito.

Vai ver como fica bonito. Como diz a música maravilhosamente cantada por Elis Regina.
"Vivendo e aprendendo a jogar
Vivendo e aprendendo a jogar
Nem sempre ganhando,
nem sempre perdendo ,mas
aprendendo a jogar!"




Sobre a autora:
Regina Maia é coach pessoal e profissional.
Graduada em Administração de Empresas e análise de sistemas, Instrutora Estratégica da Universidade CAIXA, pós graduanda em MBA de Gestão de Pessoas e Projetos, contando ainda com cursos livres na área de conhecimento e desenvolvimento humano tais como: Formação holística, Hipnose, Practitioner em PNL pela Elleven Desenvolvimento Humano, EFT (Emotional Freedom Tecnic) entre outros.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Caridade - Carmem Midori Ferreira



Muito se ouve falar sobre esta palavra, mas afinal o que entendemos por Caridade, se formos procurar seu significado nos deparamos com a seguinte definição segundo o wikipédia: Caridade é um sentimento ou uma ação altruísta de ajuda a alguém sem busca de qualquer recompensa. A prática da caridade é notável indicador de elevação moral e uma das práticas que mais caracterizam a essência boa do ser humano, sendo, em alguns casos, chamada de ajuda humanitária. Termos afins: amor ao próximo; bondade; benevolência; indulgência; perdão; compaixão.

Em nosso dia-a-dia estamos tão absortos de nós mesmos que esquecemos até de respirar. Os dias passam freneticamente, anseios, pensamentos, sentimentos começam a sedimentar nossa essência , ficamos sem aquele sentimento de gratidão pelo simples fato de existir, nossa existência fica comprometida na medida em que deixamos para trás pequenos detalhes que passam por não estarmos presentes em nós mesmos. E nesse contexto que a Caridade começa, nas pequenas coisas nos faz refletir o lado bom das pessoas mais próximas, em casa, no trabalho, na rua e nas circunstâncias. Temos de pensar na caridade sem ser de cima para baixo, como sendo eu o bom e o outro o desafortunado, se somos seres que caminhamos lado a lado, afinal todos necessitados do amparo recíproco, não é mesmo?

Temos momentos melhores umas vezes, de outras têm os outros.O que não adianta, por certo, é fazer cobranças a outrem, porque é melhor convencermo-nos, em benefício próprio, que ninguém - mas mesmo ninguém tem qualquer obrigação de ser caridoso conosco, mas, de fato, nós próprios temos a maior obrigação de ser caridosos com os demais, entendendo-os, perdoando o que houvesse a perdoar, agradecendo a quota de generosidade com que de uma forma ou de outra nos beneficiam.

A caridade, pode estar no silêncio de alguém que nos tolera algum desassossego, no entanto, quantas vezes, irrefletidamente, acreditamos que os nossos amigos são aqueles que jamais nos apontam os enganos, que nos dizem que somos os maiores do mundo, que nos batem nas costas, mesmo quando estamos quase a caminho de um colapso de consciência, o que nem sempre condiz com a realidade que estamos vivendo.

Caridade não é aplaudir, apoiar a asneira. É manter a fraternidade de, na altura certa, sem violência, dizer o que se pensa, mesmo que não nos seja perguntado diretamente. Nessas horas Caridade tem uma conotação divina, na medida em que contém uma revelação inteira sobre Deus. O que é Deus para nós senão o espírito de caridade?



Sobre a autora:
Carmem Midori é Bacharel em Comunicação Social – 2000 UMC ( Universidade de Mogi das Cruzes, com Curso Superior de Formação Específica em Gestão Empresarial, Disseminadores de Educação Fiscal – Ministério da Fazenda ESAF ( Escola Superior de Administração Fazendária )e Practitioner em PNL pela Elleven Treinamentos

Elleven e Voleibol Feminino São José dos Campos - Campeãs dos Jogos Regionais



Mais uma vez a Elleven inova e firma uma parceria de muito futuro com a Equipe de Voleibol Feminino de São José dos Campos. Os objetivos são de levar recursos para que as atletas possam potencializar ainda mais seus recursos físicos e técnicos, mas principalmente de colaborar para que desenvolvam competências comportamentais e habilidades que permitam dispor de equilíbrio e recursos emocionais adequados no andamento das partidas e competições.

A Equipe que também tem o apoio da CEPE Petrobrás (Clube de Empregados da Petrobrás)e da Secretaria Municipal de Esportes de São José dos Campos mostra atletas jovens, com futuro extremamente promissor, mas que já colhem resultados concretos, lideradas pela comissão técnica e de gestão, composta pelos experientes profissionais Paulo Amorim, Washington Araújo, Dema e Jonathan.

E a parceria já começa a render bons frutos!!! A equipe sagrou-se campeã dos Jogos Regionais realizados em Caraguatatuba no início de julho.

A equipe já está em preparação para a próxima competição, que será a seletiva da Liga Nacional que acontecerá em São José dos Campos à partir de 01/08.

Aguarde mais novidades da Equipe CEPE/Elleven/São José dos Campos.

sábado, 20 de julho de 2013

Palestra Competências Comportamentais - José Carlos Carturan



Na noite da última quarta feira, 17/07, foi ministrada pelo Dr. José Carlos Carturan nas dependências do Othon Intervale Hotel em São José dos Campos a palestra sobre Competências Comportamentais.

O público de quase 80 pessoas era composto por treinandos da Turma 14 da Odisseya e por convidados e empresários da região.

Agradecemos a presença de todos!!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Papéis - José Carlos Carturan



Pode parecer uma comparação simples demais. Mas, talvez seja uma das mais fáceis de ser compreendida. Nossa vida se parece com um filme. Há um enredo, um Diretor que assiste e nos dá as diretrizes ‘lá de cima’. Existem também cenários diferentes, personagens que fazem parte do elenco principal, alternâncias (às vezes bruscas) de contexto. De aventura para drama, de suspense para romantismo, comédia e até alguns momentos de terror.

Esses enredos vão mudando, às vezes construídos criteriosamente como se fosse uma trilogia ou uma saga. Em outros mudam com velocidade vertiginosa, deixando sem fôlego quem participa da trama. Em certas passagens, a trama está traçada e o Diretor não admite mudanças. As coisas estão nas mãos Dele e Ele às vezes tira de cena personagens que são essenciais na nossa história. Aliás, de forma geral, sabemos o final do filme. Nós também sairemos da história.

Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, O Diretor fica muitas vezes esperando qual papel nós queremos encenar no filme. Sim, meu caro, seu papel no filme da SUA vida talvez não seja tão predeterminado quanto parece. Há no mínimo quatro alternativas para que você possa escolher e sua escolha sim, incidirá diretamente no enredo do filme.

E talvez você esteja se perguntando: afinal quais são esses tais papéis que posso encenar no filme da minha vida?
Lá vai. O primeiro deles é aquele que foi reservado para você e só para você, mas que ainda assim muitas pessoas insistem em não assumir. O papel se chama PROTAGONISTA. Para encená-lo, basta tomar definitivamente as rédeas das suas decisões e saber que elas são determinantes no final do filme.

O segundo, algumas pessoas, sem perceber vivem encenando. São COADJUVANTES da própria história. Contentam-se em ficar em segundo plano, relegando as decisões, as sequências do filme a outras pessoas, esperando que elas decidam e simplesmente participando disso. Aparecem de vez em quando, quando deveriam aparecer em todas as cenas.

O terceiro papel, não menos comum, é o papel de FIGURANTE. Muitas pessoas o encenam e deixam a trama correr apenas vez ou outra interagindo com os que se tornam os atores principais. Podem ser familiares, cônjuges, líderes. Acham que só se esses outros personagens assumirem o posto principal o filme andará bem. Não ousam aparecer e ficam dependentes dos outros para que a história se conclua. Acabam ficando sem saber qual rumo devem tomar.

E por último, uma função que talvez nem seja um papel, mas que muitos acabam assumindo no filme de suas próprias vidas. O de ESPECTADOR. São aqueles que simplesmente abdicam do poder de decisão que possuem e ficam apenas e tão somente...vendo a vida passar. São aqueles que olham sua própria vida, como se estivessem apenas a mercê do Grande Diretor ou como se o sucesso de bilheteria dependesse apenas dos demais participantes do filme. Não escolhem, não decidem. Apenas assistem a tudo e acham que estão ao sabor da sorte, sem perceber que só eles podem intervir e mudar o gênero do filme, caso o atual esteja desagradando.

Não adianta apenas contar com o Diretor. ELE sempre orienta, mas não adianta se você não se dispuser a atuar como protagonista. E você, atualmente está em qual dos papéis?

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Propósitos de Vida - Estela Silva



Para começar, ao ouvir a história de “George” no Odisseya II (treinamento vivencial de alta performance), me tocou o fato de que não me dava conta da importância que eu, enquanto pessoa humana, tinha na vida das pessoas. Essa história me fez mudar definitivamente meus conceitos sobre mim mesma. Depois, como estou em constante busca pelo conhecimento e desenvolvimento, ao assistir uma palestra, ganhei uma revista, a qual no final traz sugestões de livros, geralmente com temas na área do desenvolvimento humano e esta, em especial, trouxe a sinopse de um livro chamado O Executivo que viu a Luz, de Roberto Ruban.

Algumas perguntas que sinopse apresentava me chamaram muito à atenção e me fizeram refletir:
1) “Você acredita que é sempre possível evoluir para uma situação melhor ou acredita que seu destino está traçado e não vai mudar, não importa o que faça?”
2) “Você será mais feliz e realizado se tiver vivido uma grande história ou isso não lhe faz diferença?”
3) "Quando você morrer sua história merecerá ser contada?
4) "Seus filhos, (no caso para que tem) terão orgulho de ter você como exemplo a ser seguido?”

No meu caso, quando li essas perguntas, elas me fizeram refletir justamente no aspecto profissional e fizeram ficar mais claro qual era o meu propósito de vida e conclui que era o de fazer a diferença na vida das pessoas, positivamente, é claro. Mas, o mais importante do que fazer a diferença na vida das pessoas, está o caminho que se faz para chegar até isso.

Tudo na vida exige aprendizado, preparação, determinação, força de vontade, persistência, foco, erros e finalmente a vitória. Observando as pessoas bem sucedidas, (atletas, empresários, etc) pude ver que todos eles passam por essas fases, podem até haver outras coisas que determinam a vitória, mas para mim, as que mais marcaram foram essas.

Com tudo isso em mente, ficou claro também que, propósito de vida nada mais é do que aquilo pelo qual eu me dedico de coração, o que faz meus olhos brilharem e meu coração bater mais forte e finalmente algo pelo qual eu daria meu sangue, "minha vida"... Quando falo “minha vida”, para mim, isso seria no sentido figurado da palavra, porque dar a vida por algo ou por alguém não está, na maioria quase que absoluta das vezes, no nosso controle. Porque se assim fosse, quase ninguém morreria, pois qual é a mãe que ao ver o seu filho no leito de morte não deseja dar a sua vida em troca da do seu filho e não o faz.

Para terminar, o que me fez ter mais ainda clareza do meu propósito de vida e continuar motivada em seguir em frente, foram outras questões e uma frase de Joan Baez, que são citadas no mesmo livro:
1) “Você não pode escolher como vai morrer ou quando, mas pode escolher como vai viver!”
2) “Como você será lembrado quando morrer?” Pensar nisso te traz um sentimento positivo, de realização ou um sentimento negativo, de frustração?”
3) “Sua lápide será escrita para lembrar um legado ou terá apenas a sua data de nascimento e morte?”

Essas considerações podem até parecer de uma pessoa que não vê perspectiva de vida ou está em depressão, mas ao contrário, elas servem para que paremos e pensemos que enquanto estamos vivos temos um propósito, uma missão.

E esta deverá ser cumprida da melhor forma possível. Acredito que Gandhi, Jesus Cristo, Buda, Madre Teresa, Papa João Paulo dentre outros, já pensavam assim e por isso fizeram sua vida valer tanto á pena que são lembrados pelos seus feitos até hoje, mesmo passados, em alguns casos, mais de 2000 anos.

Se estamos vivos, temos uma missão e só cabe a nós decidirmos como vamos cumpri-la, pois acreditem, capacidade para isso nós temos!"



Sobre a autora
Estela Silva é graduada em Secretariado Executivo, cursando MBA em Gestão de Pessoas, Formação em Hipnose Clínica e Practitioner em PNL.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Dureza? Beleza. - Tatiana Alvares



A gente vive em função dos outros, de suas necessidades, das suas agendas e do seu desejo. Sim. Só que não.

A coisa mais dura que percebemos é que a gente faz de nós e do outro aquilo que NOS atende. Em NOSSAS necessidades. Em NOSSOS desejos.

Coisas ruins lhe acontecem? Frequentemente é desrespeitado? Não consegue cumprir compromissos? Então... Atender o lado de fora LHE atende em que?

É difícil quando é debitado da nossa conta moral a plena responsabilidade que temos por aquilo que nos queixamos de não ter. Não ter dá conforto, isenta de responsabilidades maiores e nos dá créditos para fazer um despacho de culpas aos 4 cantos.

Se está ruim, escolhe melhor. Se não consegue escolher melhor, tome como um ato decente, então, conhecer-SE. Nós temos motivos para agir que não estão em total domínio da vigília.

Saber que nos falta nobreza no maior ato de generosidade, por exemplo, dói. E liberta.

Eu aprendi que tudo, em absoluto, que me aparece, que me desaparece, que acontece e que falta acontecer, faltou ou sobrou amor ou dor. Confessar a si mesmo coloca um "Sem Parar" na vida e gera honestidade para dizer: "Desculpa ai, não pude reconhecer isso antes." E também: "Agora posso."

O "Agora posso" gera também contrato de responsabilidade intransferível. Normalmente, tendemos a não querer isso, nossa alma é espertinha.

Gerar condições de escolher, mesmo que errado, e saber por onde essas decisões andam, quais trajetos elas fizeram, faz de nós seres capazes de usar o polegar opositor de maneira razoável.

Somos seres com telencefalo altamente desenvolvido e com uma capacidade de gerar desculpas esfarrapadas para não crescer incrivelmente poderoso também.

Faça análise. Medite. Respira. Bebe água. Treine-se. Faça algo pra você reconhecer e inventar em cima disso. Dureza. Beleza.


Sobre a autora:
Tatiana Alvares é Psicóloga, Produtora Cultural, Ativista Quântica, Coach e Practitioner em PNL. E inquieta.

Qual parte você não entendeu? - Alex Baylon



Quase todos os dias ouvimos e observamos pessoas se explicando e reclamando, nos fazendo sentir que algo está errado no ambiente – frases bastante comuns são repetidas à exaustão: “Porque foi combinado assim e fulano fez assado”, “Porque eu achei que era desse jeito”, “Você não explicou esse detalhe”, “Mas, você não me pediu isso!”, “Já não estava alinhado?” e etc.
E quantas dessas vezes não são pessoas experientes, cultas, que estão envolvidas na discussão? Pessoas pelas quais temos verdadeiro apreço?!
Digo mais: quantas vezes ao prestar atenção à discussão, ainda que de longe, ficamos “do lado” da pessoa que recebeu a orientação? E não do lado de quem passou a informação.
Pois é, isso acontece com muita frequência, basta levantar a orelha para perceber que algo assim ocorre no nosso ambiente, isso quando não somos nós mesmos os atores dessas cenas!

É o drama do “é óbvio” !! Algumas pessoas realmente acreditam que tudo que está na mente delas é límpido e claro e que suas cordas vocais reproduzem isso com precisão!
Atente-se! Se você está o tempo todo tentando “re” explicar o que você pediu e saiu de outro jeito, questionando porque as coisas não estão como você imaginou, ou dando desculpas por não ter atendido o cliente o problema deve estar na sua maneira de transmitir a mensagem e não no receptor.

Quantas vezes você se preocupa em verificar se a pessoa entendeu o que você falou? Ela consegue repetir o que você acabou de dizer? Ela consegue explicar como ela vai fazer o que você pediu?
Quando você faz um acordo ou faz um pedido, você espera ser bem atendido, então a responsabilidade da comunicação é sua, que emite a mensagem – é você que deve garantir que o outro te entendeu.

Se você quer atender bem seu cliente, você deve verificar se você entendeu o que o cliente lhe pediu. As vezes parece que ambos estão “entendidos” mas cada um tem uma coisa diferente na mente! Explique ao seu cliente o que vai ser entregue ou como vai ser entregue. Assim além de ajustar a expectativa, você consegue melhorar seu atendimento.

O seu receptor, ou a pessoa a quem você pede ou oferece algo, tem canais de comunicação (visual, auditivo, cinestésico) que podem ser diferentes dos seus, e o que é óbvio para você parece aramaico para os outros!
Hummm... não estou falando de nenhum cônjuge especificamente!!

O bom disso é que o processo de comunicação pode ser aprendido e treinado. Se você realmente tem vontade de se comunicar bem e melhorar seus relacionamentos, evitando as situações de conflito, procure se interessar genuinamente pelo outro; perceba se ele entendeu seu pedido ou a sua oferta; repita de maneiras diferentes a mesma informação; observe as reações. Quando você faz isso as chances de o combinado acontecer da maneira que está na sua cabeça melhora muito!

Depois de praticar bastante quem sabe você vai poder usar com propriedade a frase de uma grande Irmão: “eu não entendo como as pessoas não entendem!”


Sobre o autor:
Alex Baylon é Marido da Cíntia, pai da Melissa, Engenheiro e Administrador
Practitioner em PNL, formação em Hipnose, Reiki e Tarô.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Aceitação: fracasso ou vitória? - Samara Silva



Quem nunca passou por uma situação indesejável na vida? Aquela situação em que nos vemos sem saída, de mãos atadas, sem saber como agir, ou tudo o que fazemos parece não ter efeito sobre a situação. Em alguns casos são situações que envolvem a vontade e o jeito de agir de outras pessoas e essas vontades e formas de agir vão de encontro com o nosso jeito de fazer as coisas ou com o que planejamos para nós.

Em muitos livros ou textos sobre iluminação espiritual e assuntos relacionados e até na bíblia em algumas passagens fala-se sobre a aceitação. Sobre não resistir a uma situação indesejável e assim transcender e viver além dessa situação ou condição. Nunca gostei muito da ideia de aceitar algo que me prejudica, que me impede de ter ou ser aquilo que desejo ou que vá contra meus valores pessoais.

A boa notícia é que aceitação verdadeira não significa que você precisa aceitar o desconforto ou o sofrimento e conviver com isso para o resto da vida, muito menos se obrigar a deixar seus desejos e valores de lado. Aceitação verdadeira é aquele sentimento de alívio que você sente quando descobre que por mais desagradável que uma situação seja, ela nunca será capaz de afetar quem você é de verdade. O fato dessa circunstância desagradável existir em sua vida, não te torna menor ou pior. O que você é de verdade, nada tem a ver com acontecimentos externos, o que você é de verdade está muito além disso. Desse modo nos livramos da culpa que pode estar ali escondida, nos livramos também de vários sentimentos e pensamentos destrutivos que acabamos tendo sobre nós mesmos por causa dessa circunstância e aquilo que sobra, quando permitimos que todos esses sentimentos e ideias distorcidas se vão, é o alívio, a aceitação verdadeira.

A aceitação faz você se tornar um com a situação, você não é mais alguém preso a uma condição, gritando e amaldiçoando à tudo e à todos, resistindo e querendo sair desesperadamente dali. Você se torna parte daquilo. E esse é o ponto chave e também, na minha opinião, é onde está a maior beleza da vida: Como você poderia mudar algo que você não é? Como seria possível mudar algo separado do que você é? Impossível não é?Você só consegue mudar algo do qual você faz parte. Algo que seja parte de você.

É desse modo que a verdadeira aceitação funciona. Ao se sentir parte de alguma coisa que antes era inaceitável na sua opinião, seu modo de ver as coisas mudam, você se torna mais flexível e aberto a alternativas diferentes as quais você não tem acesso quando está no estado de resistência. Já aconteceu de você ficar um tempão tentando resolver uma charada, ou consertar alguma coisa e alguém chega e após uma "olhadinha rápida", diz: "ah já sei... é assim, olha" e em 10 segundos a pessoas resolve o que você passou longas e cansativas horas tentando resolver, e aí você pensa "é tão simples, como eu não enxerguei isso antes?"

Na vida não é diferente, a gente muda constantemente e consequentemente tudo a nossa volta muda. Você não precisa conviver com nada que não queira, na vida dá-se um jeito para tudo. E nada, absolutamente nada que acontece no mundo externo pode atingir o herói que há dentro de cada um!



Sobre a autora:

Samara Silva é Professora de Inglês, Practitioner em PNL, Graduanda em Administração de empresas

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Linha Tênue - José Carlos Carturan



Vivemos nossa vida de maneira bastante paradoxal. Somos contradições ambulantes. O que é ótimo, pois talvez seja esta uma das únicas maneiras de aprendermos. No entanto é fundamental que estejamos atentos às linhas tênues que separam alguns comportamentos, sentimentos e até algumas atitudes que temos costumeiramente, sem nos darmos conta que existe um limite muito, muito estreito entre algo benéfico e outra coisa não tão boa assim.

É importantíssimo não confundirmos, por exemplo, tolerância e conivência. Esta mesma linha tênue existe entre: Pureza e ingenuidade. Autoconfiança e arrogância, humildade e subserviência. Ser audacioso é muito diferente do que ser inconsequente; ser resignado é bem diferente do que ser omisso; Ambição é ótima, mas muito próxima da ganância.

Talvez num primeiro momento não faça sentido, mas sem perceber confundimos justiça com vingança. Fé com fanatismo. Pensamos estar usando a neutralidade, quando na realidade estamos usando a indiferença. Ultrapassamos a linha da convicção e adentramos o terreno da teimosia. Buscamos ser calmos e acabamos sendo passivos. Às vezes exageramos no amor próprio e passamos a ser egoístas.

Já percebeu como tantas coisas estão próximas, como praticamente se tocam? Alguns acham que estão sendo diretos e sinceros, quando estão sendo grosseiros. É suave a linha entre a gentileza e o servilismo. Pensamos estar fazendo as coisas com agilidade, quando na realidade estamos fazendo-as com pressa, julgamos estar sendo prudentes quando estamos sendo hesitantes. Perdemo-nos até quando tentamos ser altruístas e acabamos caindo na demagogia.

Uma coisa é ser distraído, outra é ser desinteressado. Uma coisa é ter a “cuca fresca” outra é ser displicente. As pessoas acham que são determinadas, quando são obcecadas. Acham que são contundentes, mas são levianas. Mesmo quando todos os sinais apontam para uma mudança de direção continuamos errando, porque confundimos insistência com persistência.

Achamos graça nos pequenos desvios, quando são eles que nos tiram completamente do caminho. Julgamos estar sendo pacientes, quando na realidade estamos sendo complacentes. Colocamos no mesmo balaio pessoas abastadas e as que possuem riqueza. Esquecendo que há pessoas riquíssimas sem um único centavo no bolso, enquanto há outras que são milionárias e de uma pobreza interna lastimável.

Talvez a grande busca do ser humano seja equacionar estas disparidades na busca de um equilíbrio interior que resulte em uma linha de conduta que fortaleça as reais virtudes. E para isto é essencial que estejamos sempre vigilantes para não cruzar este limite suave existente entre as coisas, não ultrapassar esta linha tênue, quase invisível que separa os grandes seres humanos dos seres humanos comuns.

Há uma frase que ouvi de meu grande amigo José Orlando e que costumo citar nos cursos que dou que talvez ilustre bem este tema: “A única diferença entre o remédio e o veneno é a dose aplicada”. E assim continuamos nossa caminhada, tentando aparar nossas próprias arestas para transformamo-nos de pedra bruta em pedra polida, para atingir o necessário equilíbrio, para alcançar o Caminho do Meio.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Como tem 'passado'? - Alan Tadini



Estava revendo alguns materiais do meu curso de Psicanálise, e encontrei uma frase muito interessante que um professor muito sábio disse: "O passado é mutável através da mudança da forma de julgar os acontecimentos passados".

Comecei a refletir sobre isso, e sobre a nossa crença da imutabilidade do passado e percebo que o passado realmente não é algo fixo. Ok, o fato pode ser fixo, mas em relação ao que importa, que é como o vemos, avaliamos e sentimos, é sim, mutável.

O que levamos conosco é sempre o que percebemos e julgamos. Não temos acesso ao “real” do passado. Temos a realidade interna criada através do que foi entendido e julgado baseado na percepção, e esta irá gerar compreensão interior ao buscar, nas emoções e em toda a realidade conhecida até este momento específico, a forma como esta realidade será incluída no nosso “eu” mental. Uma coisa muito bacana sobre as terapias, seja PNL, Psicanálise, Psicologia e outras é que todas elas atuam de modo a libertar a pessoa desta prisão que a percepção, avaliação e introspecção dos fatos vividos nos colocam.

De que modo? Levando-nos até lá, no passado, de novo(Através de nos levar lá de novo) e nos fazer repensar/reviver o fato percebido fazendo com que o julgamento sobre o mesmo fato possa ser alterado e assim torná-lo menos angustiante para que o indivíduo possa viver sem esta “dor” do passado. Nem todas as vivências causam dor, algumas causam ilusão, outras causam até alegria. Claro que as boas a gente não mexe. Crenças limitantes e ilusões, embora sejam criadas como forma de proteção pelo nosso inconsciente, tem o péssimo hábito de não nos permitir ser plenos. Esta proteção é necessária no momento em que é levantada, mas a medida que nos fortalecemos, podem ser retiradas, porque senão, nos limitam. É angustiante quando uma ilusão cai por terra, principalmente quando se é apegado a ela. E isso é muito comum. Este apego também nubla a percepção de que ela existe. E quanto mais ela se esconde, mais difícil é se livrar dela. Tudo começa com o primeiro passo: reconhecer a crença.

Creio que a quebra de crenças é uma forma muito bacana de crescimento pessoal e nos deixa mais perto de sermos felizes. Se você não se sente pleno, talvez seja o momento de se observar, assim olhando de fora e, quem sabe, descobrir que seus limites são aqueles que você mesmo se impõe.

Abraços!




Sobre o autor:
Alan Tadini é Pós Graduando de MBA em Marketing pela FGV, Engenheiro Elétrico, Psicanalista e Master Practitioner em PNL. Tarólogo, Jedi e empresário no estúdio DigiMax. Nas horas vagas também estuda astrologia e comportamento humano.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ego - Vinícius Vieira



Um assunto sobre o qual venho me questionando muito ultimamente, desde que comecei minha jornada do autoconhecimento é a respeito do Ego.Afinal, o que é o Ego? Ego significa "Eu" e há muitas definições a respeito dele, dependendo da perspectiva em que se olha.

De uma forma simplificada, vertentes psicanalíticas e filosóficas o vê como um mecanismo de defesa, um defensor da personalidade, um mediador dos desejos interiores e a realidade de um indivíduo. Já uma vertente mais espiritualista de Osho, o vê como um reflexo da sociedade, de outros indivíduos em nós, ou um modelo de como gostaríamos de ser vistos pelos outros indivíduos.

Independente do ponto de vista, o ego pode se tornar uma coisa prejudicial na vida de um indivíduo. Muitas vezes, inconscientemente, somos movidos por essa grande força, que acaba nos prejudicando. Ela geralmente age de uma forma sutil, muitas vezes no nosso desejo de aprovação, de nos mostrarmos úteis ou importantes perante a alguém que queremos. Isso acaba trazendo um grande peso para nós mesmos, pois a quantidade de energia e esforços gastos com essas coisas é muito grande, sem contar n a frustração e decepção posterior que teremos que lidar, caso nossas expectativas não forem atingidas.

Todos nós temos Ego, mas, como diz um grande sábio que conheço: "Eu tenho um Ego, mas eu não sou meu Ego". Somos todos muito maiores do que ele, nossa verdadeira essência é muito mais profunda do que a mera superficialidade de um Ego.

Todas as vezes que nos deparamos com situações que nos incomodam, devemos sempre procurar nos questionarmos: "Isso é meu verdadeiro Eu ou meu Ego agindo?", e devemos sempre ser honestos com as respostas, pois só assim aprenderemos a entender melhor como todo esse mecanismo funciona e saberemos qual a atitude mais sensata a tomar perante quaisquer destas situações. Quanto mais nos habituamos com este exercício, mais inconsciente ele se torna e com o tempo acabamos deixando o Ego de lado, revelando nossa verdadeira essência. É uma caminhada longa, mas com recompensas ilimitadas.




Sobre o autor:
Vinícius Vieira é professor de inglês, Practitioner em PNL e possui formação em Hipnose Clínica.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Máscaras e disfarces - José Carlos Carturan



Confesso que certas coisas me incomodam um bocado. É inegável que a busca constante pelo desenvolvimento é algo fascinante, mas traz um ônus complicado de lidar. A tendência natural é ficarmos mais perceptivos e isso às vezes faz que não aceitemos qualquer coisa goela abaixo.

De minha parte um dos maiores desafios têm sido não me tornar uma ‘personagem de mim mesmo’ ou uma ‘personagem que foi sendo escrito para mim pelas pessoas que compõem o enredo da minha vida’. Procuro me policiar constantemente para que não vire uma caricatura de quem realmente sou e procuro não cair na armadilha muitas vezes irreversível de tornar-me um fantoche que quer sempre agradar aos outros. Sem nenhum tom de arrogância ou presunção, digo: Sou o que sou. Constantemente em busca de melhoria, justamente por estar ciente de minhas inúmeras, infindáveis e constantes imperfeições.

Em meu trabalho, com meus amigos, com minha família, sou o que sou. E ainda que cada um de acordo com sua ótica e sua essência me veja de uma maneira diferente, para mim continuo sendo o que sou. Com as vantagens e desvantagens que isto traz. Não se trata de falta de flexibilidade, mas sim em prezar por alguns valores e virtudes cardeais e principalmente ser transparente em demonstrá-los.

Por bom senso procuro aliar a isto certa polidez e tolerância, mas não se engane. Este perfil pacificador e diplomático tem um limite bem definido por valores éticos e morais. Daí por diante se este limite for ultrapassado, como bom ariano que sou as coisas tomam outro rumo.

O paradoxo é que enquanto arduamente luto para não tornar-me um rascunho de mim mesmo, me deparo com pessoas que se esforçam exatamente para conseguir o contrário. São a reprodução mecânica e robotizada daquilo que as pessoas querem encontrar nelas. Sem obviamente entrar no âmbito psicopatológico da questão, essas pessoas criam algo como uma ‘personalidade paralela’ e escondem-se sob um véu ou aura cuidadosamente alicerçada em palavras, gestos e ações que fortalecem a imagem que elas querem que os demais tenham delas. Isto pode até ser conveniente, mas o fardo de viver sendo quem não se é de verdade deve ser grande demais.

O fato é que após algum tempo vivendo debaixo de uma máscara, vestindo um disfarce criteriosamente moldado, só há dois desfechos. O primeiro, que beira a insanidade é realmente acreditar que se é a figura que criou, fundindo criador e criatura em uma personalidade vazia e ambígua. E o segundo é quando nas situações limite, não as de cunho emocional quando todos nós estamos sujeitos a reações desproporcionais, mas sim quando princípios e valores são questionados e deve haver um posicionamento. Aí a máscara acaba caindo, mesmo porque, não se consegue sustentar indefinidamente uma fraude.

O ruim é que ainda há algumas pessoas que não sei quem são. Não sei se são elas mesmas ou alguém que criaram. E é muito ruim lidar com pessoas assim. No meu caso, basta olhar bem fundo nos meus olhos. Gostando ou não do que vai encontrar, lá estará estampada a imagem cristalina de quem eu sou.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

O que você quer ser quando crescer? - Ana Lucia Aluotto




O que você quer ser quando crescer? Essa pergunta feita em nossa infância, nos leva, quase sempre, a pensar em uma profissão rentável, bem sucedida. Mas será mesmo que isso é “SER” alguém? É só a questão de “SER” um profissional? Será que não é preciso “SER” algo mais?

E quando esta busca pelo “SER ALGUÉM” se baseia só no TER, será que isso realmente é o que importa? E quando as pessoas acham que “tudo”, se justifica para alcançar o tão almejado “ sucesso”, vale tudo nessa busca? Mesmo que o preço possa ser, se sentir vazio por dentro?

E quantas pessoas se frustram, pois fazem essa escolha apenas pensando nos bens materiais, e não seguem o seu coração, seus desejos mais íntimos ou até mesmo “loucos”. A questão profissional é algo que pode mudar a qualquer momento, é uma questão de saber ouvir seu coração.

Você já se perguntou o que EU quero SER? Estou feliz com o que SOU? Posso melhorar o que SOU?
Essas são questões bem individuais, pois essa satisfação você só deve a si mesmo. Mas particularmente, já faz algum tempo que venho me questionando, pois, todos os dias, vemos atrocidades sendo cometidas e percebo que algumas questões do “SER” vem sendo esquecidas pelas pessoas, que deveriam ser “PESSOAS HUMANAS”, como diz meu grande amigo e mestre José Carlos.

Confesso que a primeira vez que ouvi o José Carlos dizer “PESSOAS HUMANAS”, pensei: ué, se são pessoas só podem ser humanas. Mas com o tempo entendi que “SER UMA PESSOA HUMANA” é necessário ter alguns requisitos.
Para SER uma PESSOA HUMANA, é preciso : Ser educado, civilizado, amigo, solidário, companheiro, respeitador, bom filho(a), bom pai , boa mãe, amoroso, compreensivo, “ser humano”, ser uma pessoa do bem.
Parece simples, não é? Mas será que realmente fazemos essas escolhas? Será que a cada dia somos as melhores pessoas que podemos ser?

A cada dia devemos, ou pelo menos tentar, ser o melhor, se conseguirmos, mesmo que aos poucos, nos tornamos melhores “PESSOAS HUMANAS”, contagiaremos quem está ao nosso redor, formando assim uma grande corrente de pessoas melhores, e só assim é que com certeza conseguiremos “SER” verdadeiramente.



Sobre a autora:
Ana Lucia Aluotto é Cirurgiã Dentista formada pela UMC (Universidade de Mogi das Cruzes)com 13 anos de experiência
e formação em Practitioner em PNL pela Elleven Desenvolvimento Humano.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Peso nas costas - Ana Carolina Campos Vieira



Muitas vezes nos sentimos pesados, carregados, como se o mundo todo estivesse em nossas costas. Geralmente isto ocorre quando tentamos absorver, além dos nossos, os problemas de outras pessoas.

Costumamos pensar que ajudando os outros a resolverem seus problemas, estaremos contribuindo de forma positiva. Estar fora da situação nos coloca numa posição diferente, e com nossos valores e crenças temos sempre uma solução imediata. Porém, o que é bom para nós, nem sempre é bom para o outro.

Cada pessoa passa pelo que tem que passar. Neste momento, a assertividade é a melhor solução. Ao nos colocarmos no lugar do outro, podemos compreender seu momento, seu sofrimento, seu desabafo. Isso não significa pegar o problema do outro para nós. Significa que compreendendo, podemos ajudá-lo a encontrar o melhor caminho.

Se carregarmos os problemas dos outros em nossas costas, ficaremos com nossa alma arcada de sofrimento, e isso não nos fará bem, e menos ainda a quem precisa da nossa ajuda. As pessoas precisam enfrentar sozinhas seus problemas, pois nada é em vão e tudo tem um sentido, mesmo que possa parecer absurdo, inexplicável e injusto.

Nosso papel é fortalecer nossa energia e sermos transmissores de boas vibrações. Estarmos bem conosco é a melhor forma de ajudarmos nosso próximo.

Errar e acertar faz parte da caminhada, rumo à própria evolução pessoal e espiritual. Por isso cada um deve seguir seu caminho, pisando ora em pedras, ora em pétalas. Nossa função é estarmos prontos, não para carregar problemas que não nos pertencem, e sim estarmos ao lado, de mãos dadas guiando e exalando confiança e determinação.

Durante este processo, que não é nada fácil, surgirão muitas dúvidas, provações, palavras e atitudes rudes e desafiadoras, e será fácil nos sentirmos culpados em não poder ajudar mais, agir mais. Neste momento, só teremos a oferecer nosso amor e nossa compreensão. Qualquer coisa, além disso, irá de encontro ao propósito maior que é ajudar o outro a superar seus limites.

Ter ao nosso lado alguém que nos ouve, nos olha nos olhos e nos transmite confiança é o que nos dá conforto nos momentos mais difíceis.
Temos que dar tempo ao tempo, pois só ele cura as feridas, cicatriza maus sentimentos, nos faz compreender nossas falhas, e mesmo que tardiamente acaba mostrando a cada um, o que e principalmente quem realmente tem valor em nossas vidas.




Ana Carolina Campos Vieira é coordenadora de Departamento Pessoal, Administradora de Empresas, Pós Graduanda em Direito do Trabalho para Gestão de Pessoas no INPG (Instituto Nacional de Pós-Graduação). Practitioner em PNL pela Elleven Treinamentos e Nível II de Reiki.



sábado, 20 de abril de 2013

Decepção - José Carlos Carturan



Nesta semana recebi sugestões de amigos muito queridos para escrever sobre temas bem interessantes. No entanto, optei por abordar um tema também interessante, pelo qual nós todos já tivemos alguns minutos, horas, dias ou anos de desassossego. E aí é que está o cerne da questão. A reflexão e a decisão de quanto tempo levaremos este sentimento adiante. Mas de qual sentimento afinal estamos falando? Simples. Falamos sobre a decepção.

Mas afinal o que é decepção? De modo bem simples, para mim ‘decepção é a surpresa ao contrário’. Parece bem lógico, mas há algumas variáveis bem sutis em tudo isto. Justamente porque a decepção está diretamente ligada às expectativas que nós temos do outro e que este outro, ou não tem potencial ou não está comprometido suficientemente para atender.

E isto abre mais uma janela para discussão, sobre um erro bastante recorrente em nossa vida que acontece quando há uma lacuna e estamos ansiosos para que ela seja preenchida. Quantas pessoas não se sentem sós e acabam ‘amarrando o burro’ em uma pessoa que projetam ter os predicados que buscam, mas que na verdade está mais para sapo do que príncipe? E no trabalho? Quantas vezes vislumbramos que aquela é ‘a pessoa certa’ para determinada função, ainda mais se a função diz respeito a um ponto nevrálgico da organização e no dia a dia fica bastante claro que os atributos e a conduta estão bem aquém do esperado? Isso fica ainda mais fácil de acontecer, em ambos os casos, quando a pessoa fala e demonstra ser exatamente aquilo que almejávamos. Pronto.

Porém se formos analisar friamente, quais as maiores causas da decepção? Certamente a primeira delas é ter de admitir para si mesmo que errou (e às vezes erramos feio) e suas percepções estavam equivocadas. E somado a isto o nível de decepção é diretamente proporcional aos compromissos assumidos pelo outro e aos nossos valores pessoais que foram diretamente atingidos. Bob Marley, um dos ícones da cultura alternativa e que conduta pessoal à parte foi um dos grandes nomes da música internacional dizia a respeito da decepção: "Às vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas. O tempo passa. E descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais!" Pode ser.

No entanto, prefiro adotar a definição do sábio chinês Confúcio, que dizia “Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos”. Este sim, um grande conselho. As decepções às vezes nos custam bem caro, mas são extremamente válidas, pois geram aprendizados. Aprendemos que devemos afinar ainda mais a sintonia do nosso ‘radar’, estar atentos a discursos vazios, nos lembrar que são poucos que mantém o antigo (e salutar) hábito de honrar a palavra e principalmente nos lembrar que não são todos os seres humanos que dão a mesma relevância à palavra COMPROMISSO.

Em suma, a decepção é um sentimento que reside dentro de nós e jamais deve ser creditado aos outros. E isto é muito bom, porque no final das contas, a decisão em mantê-lo ou não conosco está em nossas mãos.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Velhas verdades - José Carlos Carturan



Há muito tempo você possui exatamente as mesmas crenças, faz as mesmas coisas, do mesmo jeito? Mau sinal. Desculpe ser tão direto assim, mas infelizmente se sua vida está estagnada é muito provável que você tenha caído em uma das duas armadilhas muito comuns ao ser humano. A primeira é o conformismo, onde achamos que tudo está bom e adotamos o perigoso ‘ Deixa como está para ver como fica’. E a segunda, esta sim é extremamente problemática. O medo de se abrir a novas verdades, quebrar velhos paradigmas, mudar padrões de comportamento e atitude e principalmente de enfrentar novos desafios. E estas questões ‘pegam’ justamente nos pontos mais delicados. Exemplos? Religião, política, sexo.

Assuntos que são considerados tabus e permeados por uma aura de proibição, punição e falso puritanismo, que levam a discussões acaloradas, normalmente hipócritas e preconceituosas, por parte de uma sociedade que se diz moderna, mas tem base em leis e normas do início do século passado (ou retrasado?).

Quer mais exemplos? Mulheres em pleno século XXI são apedrejadas em praça pública, casos de corrupção, enriquecimento ilícito e pedofilia, nas mais variadas religiões são encobertos em nome da “fé”.

Concordo que é muito mais fácil se apegar a velhos costumes, situações já conhecidas e circunstâncias onde ilusioriamente, estamos no controle. Mas a única verdade irrefutável é que todas as verdades são apenas ‘meia verdade’. O que era absoluto ontem, hoje não é mais.

Não se assuste. Nossos ancestrais também passaram por isso. Tiveram de aceitar que a Terra era redonda e não plana. Foram obrigados a aceitar que era a Terra que girava em torno do Sol e não o contrário. Passaram anos acreditando que mente e corpo eram duas entidades separadas quando hoje a neurociência comprova que há uma relação de interdependência entre ambos.

E é normal que sejamos relutantes a mudanças. Mudanças trazem desconforto, receio, insegurança. Mas sejamos honestos, sem rodeios. O ´bicho pega’ mesmo é quando alguns valores, crenças, paradigmas e dogmas são tocados de forma direta e nos deparamos com uma realidade que era totalmente contrária à que acreditávamos até então.

E então há duas saídas: Virar as costas e ignorar o que apareceu de novidade ou mergulhar de cabeça nesta nova oportunidade de aprender algo novo e entender as coisas de modo diferente. Ouso dizer que hoje o mundo está como está, porque a imensa maioria das pessoas prefere a primeira opção. Acham melhor ficar presas a velhos conceitos do que arriscar-se em caminhos desconhecidos.
Em âmbito comportamental é bastante simples entender. Geralmente o questionamento inconsciente é o seguinte: “Mas se isso for verdade, como fica tudo em que acreditei até hoje?” É muito mais fácil adotarmos uma postura crítica e incrédula do que mudarmos nosso ponto de vista. Faz parte.

Pois é. Há várias maneiras estabelecidas e legais de coagir nossa liberdade de raciocínio, de pensarmos e decidirmos livremente. No entanto, reflita com carinho. A falta de conhecimento é circunstancial e compreensível. A eterna ignorância é opcional.

terça-feira, 9 de abril de 2013

A ditadura do julgamento - Alan Tadini



Dentre as várias áreas de nossa vida que nos tornamos escravos, a do julgamento figura entre as que mais nos afeta. Logicamente, não falo do julgamento legal, com juiz, advogado e todo o aparato que conhecemos. Fazemos julgamentos o tempo todo, não apenas do outro, mas de nós mesmos e de nossos atos. Procuramos sempre classificá-los entre certo e errado sem, no entanto, pensar sobre o que significa “certo” e “errado”. Qual é a regra para esta classificação? O que faz a ação ser certa? O que faz ser errada? Certo para quem? Como prever o resultado?

Particularmente, prefiro pensar em consequência. Toda ação gera uma consequência e ponto. Curiosamente, como estamos muito atrelados a este julgamento, buscando fazer o que é considerado “certo”, seja por nós mesmos ou pela sociedade, a consequência do ato acontece de duas formas: Uma pelo resultado daquela ação, e outra pelas ações geradas pelas outras pessoas devido ao julgamento que fazem desta ação, ao classificarem aquilo como certo ou errado. E esta classificação provém do nível de conhecimento do atuante e dos observadores sobre os fatores envolvidos na situação. Este julgamento todo, inconsciente e automático, leva a outro sentimento muito conhecido de todo ser humano vivo: A culpa.

Sim, esta conhecida... A culpa. Que nada mais é aquilo que você sente quando acha que poderia ter feito algo diferente do que você fez, mas que na verdade, não podia. Porque se você fez o que fez, fez porque naquele momento é o que você tinha condições de fazer, por todos os fatores: conhecimento, informação, momento, situação, necessidade, emoção... Tudo. Quando a consequência da ação não é o resultado esperado, o julgado como “certo”, sente-se esta angustia até arrogante, por acreditar que é (ou deveria ter sido ) mais do que realmente é???

Esta Ilusão que criamos e somos de certo modo incentivados a criar por toda a nossa vida, ao nos compararmos aos outros apenas pelo limite de nossa percepção da vida do outro. Afinal, consideramos, a nível inconsciente, que tudo que há pra saber sobre o outro nós já sabemos.
E é com base nesta ‘pseudo certeza’, que julgamos. Julgamos a nós, julgamos os outros, e julgamos os acontecimentos. Quanta onisciência e onipotência, não ? E muita gente ainda acha que “aos humildes o reino do céu”, significa pobreza material.

Será que seguindo este raciocínio, também não podemos considerar o tal do “bom senso” mais uma forma de julgamento ilusório? Esta que é uma das grandes armadilhas dos relacionamentos humanos. Quem nunca se sentiu numa saia justa quando o chefe ou o professor diz assim: “Faça esta tarefa usando seu bom senso.”?

Ok. Onde está o livro de regras do bom senso? Será que podemos perguntar: Bom senso de quem? Claro que é o do chefe... mas, como você vai saber qual é a percepção de bom senso sobre determinado assunto de outra pessoa? Bom senso é a forma como você acredita que percebe a forma com que os outros percebem determinado assunto.

E se o que você percebe como bom senso é diferente do bom senso do outro? Percebeu? E lá vamos nós julgando de novo... automaticamente... dentro do universo que existe dentro de cada um de nós.

A ditadura do julgamento faz parte de nossa formação de personalidade. É inconsciente, defensivo e automático, mas é possível praticar por toda a vida para não ser escravo dela. Você pode e irá julgar, e se estiver atento, perceber o julgamento.

A boa notícia é que você tem dentro de si todas as ferramentas necessárias para escolher seus atos, considerando o momento em que percebe que está julgando.

Afinal, você não é a sua mente, mas tem uma mente. Uma mente que pensa, mas a percepção não é da mente. A percepção é sua. Quem é que manda aí? Você ou a sua mente?

Que a Força esteja com você !



Alan Tadini é Pós Graduando de MBA em Marketing pela FGV, Engenheiro Elétrico, Psicanalista e Master Practitioner em PNL. Tarólogo, Jedi e empresário no estúdio DigiMax. Nas horas vagas também estuda astrologia e comportamento humano.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Seres complexos - José Carlos Carturan



Não adianta fazer de conta que é todo organizado, que é totalmente ciente das decisões que toma e ficar zangado quando algo não sai muito bem como você planejava. Somos únicos em nossas virtudes, defeitos e elucubrações. E percebemos as coisas ao nosso redor de modo extremamente particular. E ponto.

Para complicar só mais um pouquinho, apesar de sermos fisicamente concretos, somos seres totalmente abstratos, moldados por meio de conceitos familiares, educacionais e religiosos do certo e do errado, com base em idéias e lógicas oriundas de gerações passadas. Isto já seria preocupante, mas a dimensão deste equívoco no processo de estruturação da personalidade humana é muito maior. Tentam nos criar de forma lógica, mas somos essencialmente emocionais.

Isto gera um ‘colapso interno’. Nos deparamos constantemente com sentimentos e pensamentos que depõem contra o nosso sistema de crenças, ou aquilo que aprendemos a achar que é o correto. Sentimos raiva de alguém e em uma fração de segundos, lá está o nosso sistema de crenças dizendo que “é feio sentir raiva”.

O resultado? Conflito. Afinal penso e sinto algo que aprendi que é errado, que é desaprovado pela ‘moral e os bons costumes’. E isto gera culpa. E a primeira coisa que fazemos é tentar sufocar este pensamento ou sentimento, sem nos questionar o que aquilo quer nos mostrar.

Contudo, o que ‘não queremos olhar, ganha uma força extra’. Se você já fez regime e neste período encontrou ‘pelo caminho’ um brigadeiro ou uma lasanha entende o que estou falando. Talvez tenhamos de admitir que somos tão instintivos quanto nossos ancestrais. Ou será que nunca fez ou disse algo por impulso, tomado pela emoção, seja ela qual for?
A verdade é que somos seres complexos, repletos de pontos cegos, ângulos escondidos e sentimentos inconfessáveis, difíceis de admitir conscientemente. Somos a eterna batalha entre instintos e princípios, diversas faces de um mesmo personagem. Somos diferentes dilemas de nós mesmos, incomodados pela dificuldade imensa em determinar onde termina a nossa busca do prazer e começa a fuga da dor.

Somos vítimas de um poderoso algoz interno que, por fazer parte de nosso eu, e saber exatamente em que acreditamos age de forma impiedosa e cruel, procurando esconder nossas feridas e cicatrizes, mas para isto deixando expostas nossas maiores fraquezas e receios.

Somos a imensa distância entre o enredo que idealizam para nós e o espetáculo que estamos dispostos a encenar. Podemos em fração de segundos passar de indefesos cordeiros a astutas raposas. Podemos ser ao mesmo tempo a síntese e a antítese, porque simplesmente somos assim, brutos contrastes entre os aprendizados passados, anseios futuros e um fugaz presente.

Jung já afirmava que ‘somos muito mais do que o uno que imaginamos ser’. E todo este contexto está, para o bem ou para o mal, atrelado ao nosso arraigado sistema de crenças. A pergunta é: Em que você acredita? Isto é o mundo real ou a forma pela qual você escolheu interpretá-lo? Saber isto pode ser determinante para que você consiga aquilo que quer e principalmente pare de sofrer.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Plantio opcional. Colheita obrigatória - Ednílson Macedo



Após fazer uma leitura no blog de uma amiga, Daniele Rodrigues (http://danirodrigues.com.br/Blog/page4.aspx), comecei a pensar sobre o que sou e o que posso ser. Há algum tempo não entendia o porquê certas coisas aconteciam em minha vida e o como estas coisas aconteciam, vim percebendo que muitas situações que vivo hoje, são frutos de decisões que tomei. Na maioria das vezes tomava decisões sem pensar. Paguei e pago por algumas até hoje, ainda tenho que entender muito sobre a vida e como devo tratar cada assunto, pois generalizar situações, sentimentos, pessoas, lugares, podem me beneficiar ou fazer com que eu perca chances de melhorar a mim mesmo.

Hoje quando vou falar sim ou não para alguma situação, antes penso no que isso vai pesar no meu futuro. É claro que sempre tomamos decisões para nos beneficiar, mesmo que inconscientemente, este é o maior problema que vejo hoje, pois todas as vezes que disse sim ou não a algo, com certeza associei lugares, situações e sentimentos, bons ou ruins, pensava na maioria das vezes somente em mim, mesmo que inconsciente.

Lembro-me que certa vez tomei uma decisão para ajudar uma determinada pessoa. O motivo que me levou a ajudar está pessoa? Simples. Em determinado momento da minha vida, precisei de ajuda naquela mesma situação e não fui ajudado. Fiquei muito magoado com a pessoa que disse o não, então quando tive a chance de ficar do outro lado da historia, disse sim no primeiro instante.


Você já reparou quantas decisões tomamos por segundo, quantas respostas achamos e de onde vem estas respostas? Algumas delas influenciam pessoas em mudar algo em sua vida, para melhor ou pior. Ter discernimento para diferenciar o certo do errado, seria o ideal, mas o que é certo? E o que é realmente errado? Depende de cada um. Do ambiente e das pessoas com quem foi criado. Copiamos comportamentos, sentimentos, crenças, valores, até que chegamos a uma idade que nos perguntamos, quem somos e o que estamos fazendo aqui.

Aprendi um pouco sobre isso, mas ainda assim, como podemos explicar pessoas tão diferentes dos pais, dos irmãos, de lugares, enfim, totalmente diferentes as pessoas de onde cresceram?

Algumas destas pessoas dizem entender o que é certo e o que é errado, ou criaram as suas verdades para serem diferentes, pois enxergaram isso através do desprezo. Assim provaram para si mesmas que deveriam fazer algo para não seguir em uma rotina, se afastando e tomando decisões diferentes, buscando todos os dias uma identidade onde ela poderia se destacar e ser exclusiva, assim vivendo bem perante uma nova sociedade, onde ela é agora a principal personagem.

Não seria mais fácil então procurar entender as pessoas que convivemos, respeitando-as e entendendo suas deficiências, apreciar suas qualidades e copia-las, ou respeitar que ela decidiu ser diferente, lutou por uma vida melhor. Não só pra ela, mas a outras pessoas, pois ela aprendeu que seu ambiente não faz bem a sociedade e nem a ela mesma.

Falar da vida dos outros, julgar pessoas, isso tenho certeza que não nos faz bem, pois podemos utilizar este tempo para ajudar pessoas que realmente precisam... dando exemplos! Pois, se for pra falar de outras pessoas, que se fale o bem, procurar as qualidades nestas, isso nos faz bem, pois aprenderemos com estes pequenos gestos como podemos ser melhores e melhorarmos no dia a dia, não só a vida de outros, mas a nós mesmos, pois se a lei do que plantamos colhemos, é verdadeira, então este seria o melhor caminho.

Afinal, para tomar decisões cada uma tem seus métodos. E você, já pensou no que está plantando e no que vai colher de suas escolhas?



Sobre o autor:

Ednílson Macedo é empresário e Master Practitioner em PNL.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Deixar para trás - José Carlos Carturan



Talvez um dos grandes desafios em nossa vida seja o de tirar aprendizados das situações em que vivemos. É possível que todos já tenhamos passado por isso. Muitas vezes essas coisas acontecem e marcam muito nossa história. Há inclusive uma frase que diz que ‘quem aprende com os próprios erros é inteligente e quem aprende com os outros é sábio’.
Pois bem. O fato é que muitas pessoas não apenas não conseguem aprender nem com seus erros e nem com o dos outros e além disso passam um bom tempo ‘ruminando’ aquele sentimento ruim.

Há pessoas que simplesmente tornam o sentimento ruim que nutrem pelos outros um combustível para viver. Vale a pena? Talvez até valesse caso esse sentimento negativo se transformasse em mola propulsora para seu próprio desenvolvimento. Até conheço algumas pessoas que se ‘beneficiaram’ disto. Usaram a tristeza, o rancor para provarem para os outros e para si mesmos que seriam capazes de superar dificuldades, dissabores.

Contudo, é uma estratégia perigosa. Primeiro porque provar as coisas para os outros não leva a nada. O ideal é que consigamos fazer as coisas por nós mesmos e por pessoas que amamos. O segundo motivo é que isso pode se transformar em uma armadilha. Muitas pessoas acabam se perdendo no caminho.

Você já parou para pensar nisso? Conhece alguém que passa ou passou uma boa parte da vida remoendo situações que já fazem parte do passado? Pois é. Complicado. E você tem esse sentimento por alguém ou por alguma situação?
Seja franco. Há alguém por quem você ainda guarda alguma mágoa? Reflita. Isso pode estar atrapalhando demais sua vida. Tanto no que diz respeito à parte dos seus relacionamentos quanto na parte referente à sua saúde. Pode parecer bobagem, mas a amargura e a chateação constante com fatos do passado acabam atrapalhando seu desenvolvimento. Há estudos que comprovam que pessoas rancorosas, mal humoradas e pessimistas são mais susceptíveis a doenças como diabetes, derrames, infartos e outras tão ou mais graves.

Ainda assim, há outras implicações nessa situação. Acabamos entrando em círculos viciosos e não nos damos conta disso. Vamos ficando mais retraídos, em nossos próprios pensamentos, nos afastando das pessoas e passamos a generalizar acreditando que a maioria das pessoas é parecida com ‘aquela’ por quem você nutre antipatia.

Tudo bem, concordo que muitas vezes não é tão simples. Nos sentimos agredidos, desrespeitados e isso torna difícil a tarefa de levar as coisas com leveza e serenidade. É importante que consigamos fazer essa autoavaliação. Procure jogar fora sentimentos que te fazem mal. Livre-se desse peso desnecessário. Já diz a sábia frase que “sentir mágoa é como tomar veneno e querer que o outro morra”.

E seja sincero consigo mesmo. Lembre-se: quando olhamos para o passado e sentimos rancor, raiva ou mágoa é porque ainda não tiramos o real aprendizado daquela situação. E ainda estamos dominados pelo EGO.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Senshi - Guerreiro - Carmem Midori Ferreira



O Oriente nos traz muitos contos a respeito de estranhas formas de poder, de uma força como a do vento e da água que concentradas tinham o poder de varrer tudo em seu caminho. Esse poder foi chamado por muitos nomes e o que aparece com mais frequência, especificamente no Japão é o conceito de Ki ou centro. Quase todas as artes marciais em algum ponto de seu desenvolvimento, mencionam esse poder, considerando-o como energia intrínseca. O Aikido sintetizou a partir de várias outras artes marciais uma que abrangesse toda essa riqueza e complexidade, seguindo os conceitos religiosos e filosóficos do Zen Budismo a relação mente , corpo e energia, misturou a mais alta ética da humanidade a prática das artes marciais onde não existe competição, uma vez que sua finalidade é o desenvolvimento do espírito

Por alguns valores da sociedade, somos educados a competir por tudo a nossa volta, deixando muitas vezes de lado conceitos valiosos sobre cooperação, colaboração, respeito, honra e honestidade.

Com base nisso podemos pressupor que ninguém ascende à categoria de iniciado somente pela leitura e que é na humanidade que partilhamos da mesma origem, a divina, e o único e maior inimigo a ser vencido somos nós mesmos.

Surge então um novo conceito a ser analisado, a Inteligência Social , desenvolvida no decorrer da vida, através do contato com as pessoas e da nossa interação com o ambiente onde vivemos. Ela reúne dois ingredientes que podem ser organizados em duas categorias amplas: a consciência social – o que sentimos em relação aos outros – e a facilidade social – o que fazemos de posse dessa consciência.

cada vez mais empresas de todos os portes estão buscando por profissionais equilibrados, não só pela própria autoestima, mas também pelas relações confiáveis com os demais. Mesmo que durante o processo de trabalho se perceba algum revés, obstáculos ou qualquer dificuldade, estes profissionais conseguem naturalmente flexibilizar nas relações sociais, atravessar os obstáculos e conseguir resultados surpreendentes, não visando apenas seus méritos, mas também acreditando que os colegas fazem parte desta vitória.

Trata-se de um dos principais preceitos do Aikido, que quer dizer o Caminho da Harmonia.
Considerando que aptidão é uma série de requisitos necessários ao exercício de determinada atividade e que os fracassos de um negócio ou projeto podem ser atribuídos a diversas causas, é lícito pensar que as coisas não acontecem por acaso. As mulheres ou os homens fazem com que aconteçam ou impedem que aconteçam, um dos preceitos do Bushido.

A técnica de orientar a aprendizagem de novos modelos mentais ( Waza), de formar hábitos e implantar a Inteligência Social nos ambientes corporativos, tem características bem definidas e exige uma ação continuada(Wajutsu ). Mudar a atitude das pessoas, com a missão de criar um clima mais satisfatório entre os colaboradores, aumentar-lhes a motivação e torná-los mais receptivos e alinhados com as estratégias da alta direção exigirá a compreensão de que a proposta da Inteligência Social pressupõe uma relação de ensino X aprendizagem, muito enfatizada nos treinos de base dentro do tatame .

Ensino é a transferência de conhecimento organizado de certa atividade. Aprendizagem é a incorporação daquilo que foi instruído ao comportamento do indivíduo (Mokusso). Portanto, adotar a IS assim como no Aikido significa aprender uma aptidão para modificar o comportamento em direção àquilo que foi instruído. Significa mudar modelos mentais e aprimorar o espírito na alma de um Samurai (Bujutsu).

Benefícios presentes em profissionais com Inteligência Social, em que o (Sensei) percebe nas equipes bem sucedidas, há uma predominância de pessoas inteligentes socialmente e que adotam um papel sócio emocional apoiando as necessidades dos membros da equipe e ajudando a fortalecer a entidade social ( Dojo). Elas demonstram com frequência os seguintes comportamentos:
- Aprimoramento da compreensão (Kami),
- Orientação para o treino ( Dojokum),
- Desenvolver os outros e fomentar a diversidade ao cultivar oportunidades através de diferentes tipos de pessoas,consequentemente encorajam e são amigáveis e receptivas às ideias dos outros;
-Louvam e encorajam os outros para estimular as suas contribuições (Zarei );
- Harmonizam ( Ai ki) – reconciliam os conflitos de grupos;
- Ajudam as partes em divergência a chegarem a um acordo;
- Reduzem tensão ou amenizam as emoções de alguma outra forma quando o ambiente no grupo está tenso ( Budo),
- Apoiam - acompanham a equipe; concordam e apoiam as ideias de outros membros da equipe;
- Conciliam ( Zazen) e são flexíveis a ponto de mudarem as suas próprias opiniões para poderem manter a harmonia.

Esses benefícios congregados configuram que todos nós, seres humanos, temos um viés interno para a empatia, a cooperação e o altruísmo. Para tanto, porém, precisamos desenvolver a inteligência social e estimular tais capacidades em nós mesmos e nos outros.
O Aikido é um caminho de integração e eficiência para atingir esse objetivo, uma vez aceito os princípios fundamentais da arte, o praticante atinge simultaneamente o tênue equilíbrio do céu e a terra (Ten Shi ) que ao ser expandido, o florescimento final da unidade do homem com o universo é integrado onde quer que estejam.



Sobre a autora:
Carmem Midori é Bacharel em Comunicação Social – 2000 UMC ( Universidade de Mogi das Cruzes, com Curso Superior de Formação Específica em Gestão Empresarial, Disseminadores de Educação Fiscal – Ministério da Fazenda ESAF ( Escola Superior de Administração Fazendária )e Practitioner em PNL pela Elleven Treinamentos