
Há muito tempo você possui exatamente as mesmas crenças, faz as mesmas coisas, do mesmo jeito? Mau sinal. Desculpe ser tão direto assim, mas infelizmente se sua vida está estagnada é muito provável que você tenha caído em uma das duas armadilhas muito comuns ao ser humano. A primeira é o conformismo, onde achamos que tudo está bom e adotamos o perigoso ‘ Deixa como está para ver como fica’. E a segunda, esta sim é extremamente problemática. O medo de se abrir a novas verdades, quebrar velhos paradigmas, mudar padrões de comportamento e atitude e principalmente de enfrentar novos desafios. E estas questões ‘pegam’ justamente nos pontos mais delicados. Exemplos? Religião, política, sexo.
Assuntos que são considerados tabus e permeados por uma aura de proibição, punição e falso puritanismo, que levam a discussões acaloradas, normalmente hipócritas e preconceituosas, por parte de uma sociedade que se diz moderna, mas tem base em leis e normas do início do século passado (ou retrasado?).
Quer mais exemplos? Mulheres em pleno século XXI são apedrejadas em praça pública, casos de corrupção, enriquecimento ilícito e pedofilia, nas mais variadas religiões são encobertos em nome da “fé”.
Concordo que é muito mais fácil se apegar a velhos costumes, situações já conhecidas e circunstâncias onde ilusioriamente, estamos no controle. Mas a única verdade irrefutável é que todas as verdades são apenas ‘meia verdade’. O que era absoluto ontem, hoje não é mais.
Não se assuste. Nossos ancestrais também passaram por isso. Tiveram de aceitar que a Terra era redonda e não plana. Foram obrigados a aceitar que era a Terra que girava em torno do Sol e não o contrário. Passaram anos acreditando que mente e corpo eram duas entidades separadas quando hoje a neurociência comprova que há uma relação de interdependência entre ambos.
E é normal que sejamos relutantes a mudanças. Mudanças trazem desconforto, receio, insegurança. Mas sejamos honestos, sem rodeios. O ´bicho pega’ mesmo é quando alguns valores, crenças, paradigmas e dogmas são tocados de forma direta e nos deparamos com uma realidade que era totalmente contrária à que acreditávamos até então.
E então há duas saídas: Virar as costas e ignorar o que apareceu de novidade ou mergulhar de cabeça nesta nova oportunidade de aprender algo novo e entender as coisas de modo diferente. Ouso dizer que hoje o mundo está como está, porque a imensa maioria das pessoas prefere a primeira opção. Acham melhor ficar presas a velhos conceitos do que arriscar-se em caminhos desconhecidos.
Em âmbito comportamental é bastante simples entender. Geralmente o questionamento inconsciente é o seguinte: “Mas se isso for verdade, como fica tudo em que acreditei até hoje?” É muito mais fácil adotarmos uma postura crítica e incrédula do que mudarmos nosso ponto de vista. Faz parte.
Pois é. Há várias maneiras estabelecidas e legais de coagir nossa liberdade de raciocínio, de pensarmos e decidirmos livremente. No entanto, reflita com carinho. A falta de conhecimento é circunstancial e compreensível. A eterna ignorância é opcional.
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