terça-feira, 21 de maio de 2013

Como tem 'passado'? - Alan Tadini



Estava revendo alguns materiais do meu curso de Psicanálise, e encontrei uma frase muito interessante que um professor muito sábio disse: "O passado é mutável através da mudança da forma de julgar os acontecimentos passados".

Comecei a refletir sobre isso, e sobre a nossa crença da imutabilidade do passado e percebo que o passado realmente não é algo fixo. Ok, o fato pode ser fixo, mas em relação ao que importa, que é como o vemos, avaliamos e sentimos, é sim, mutável.

O que levamos conosco é sempre o que percebemos e julgamos. Não temos acesso ao “real” do passado. Temos a realidade interna criada através do que foi entendido e julgado baseado na percepção, e esta irá gerar compreensão interior ao buscar, nas emoções e em toda a realidade conhecida até este momento específico, a forma como esta realidade será incluída no nosso “eu” mental. Uma coisa muito bacana sobre as terapias, seja PNL, Psicanálise, Psicologia e outras é que todas elas atuam de modo a libertar a pessoa desta prisão que a percepção, avaliação e introspecção dos fatos vividos nos colocam.

De que modo? Levando-nos até lá, no passado, de novo(Através de nos levar lá de novo) e nos fazer repensar/reviver o fato percebido fazendo com que o julgamento sobre o mesmo fato possa ser alterado e assim torná-lo menos angustiante para que o indivíduo possa viver sem esta “dor” do passado. Nem todas as vivências causam dor, algumas causam ilusão, outras causam até alegria. Claro que as boas a gente não mexe. Crenças limitantes e ilusões, embora sejam criadas como forma de proteção pelo nosso inconsciente, tem o péssimo hábito de não nos permitir ser plenos. Esta proteção é necessária no momento em que é levantada, mas a medida que nos fortalecemos, podem ser retiradas, porque senão, nos limitam. É angustiante quando uma ilusão cai por terra, principalmente quando se é apegado a ela. E isso é muito comum. Este apego também nubla a percepção de que ela existe. E quanto mais ela se esconde, mais difícil é se livrar dela. Tudo começa com o primeiro passo: reconhecer a crença.

Creio que a quebra de crenças é uma forma muito bacana de crescimento pessoal e nos deixa mais perto de sermos felizes. Se você não se sente pleno, talvez seja o momento de se observar, assim olhando de fora e, quem sabe, descobrir que seus limites são aqueles que você mesmo se impõe.

Abraços!




Sobre o autor:
Alan Tadini é Pós Graduando de MBA em Marketing pela FGV, Engenheiro Elétrico, Psicanalista e Master Practitioner em PNL. Tarólogo, Jedi e empresário no estúdio DigiMax. Nas horas vagas também estuda astrologia e comportamento humano.

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