Distimia 
A  situação se repete dia após dia e pode acontecer em seu trabalho ou na  relação com alguém da família. A pessoa chega com a cara amarrada, de  poucos amigos e manifesta o quanto está contrariada por alguma coisa.  São conhecidos no ambiente como os mal humorados, ranzinzas, rabugentos.
Talvez  você mesmo tenha alguns dias com o humor bem instável. A rotina  estressante a que grande parte de nós está submetido podem gerar  desconforto e abalar o humor, mas o fato é que há pessoas que  constantemente apresentam este comportamento. Para estas pessoas o mau  humor recorrente pode significar mais do que um comportamento  passageiro.
Há  um distúrbio conhecido como distimia, um mau humor crônico que  influencia não só a vida do paciente como também das pessoas que  convivem com ele. A grande dificuldade está em diferenciar episódios  ocasionais de mau humor com a doença propriamente dita. 
Uma  característica comum do paciente com distimia é a irritação e  preocupação excessiva até quando a situação é positiva. Em alguns casos  mais graves, o paciente encontra problemas até mesmo em situações  benéficas como ganhar um prêmio na loteria. Fica irritado porque, por  exemplo, daqui por diante acredita que sua família não estará mais em  segurança. Em suma, quando as alterações de humor passam a ser comuns e a  pessoa fica irritada quando está calor e repete o mesmo padrão  comportamental quando está frio, talvez algo esteja errado.
Algo  também relevante é que o distímico (como é chamado o paciente que tem  distimia) além do já comentado mau humor apresenta também tristeza,  pessimismo, sensação de constante insatisfação, falta de motivação e  auto estima.
Geralmente  a distimia começa a aparecer na adolescência ou no adulto jovem e pode  perdurar por toda a vida se não for tratada corretamente. Os sintomas  que mais chamam a atenção, no seu início, são a irritação com qualquer  coisa, o costume de ver problemas em tudo e o isolamento social.  Estatísticas da Organização Mundial de Saúde apontam que até 180 milhões  de pessoas no mundo são portadoras da doença e as mulheres são afetadas  duas vezes mais do que os homens. Neste caso a questão hormonal faz  diferença sim. 
Caso  a doença não seja corretamente tratada, e um tratamento pode levar até  dois anos, o paciente tem 70% de chance de desenvolver a depressão. As  principais diferenças entre a distimia e a depressão são a relação  social do paciente e alguns sintomas físicos que aparecem normalmente na  depressão, mas não ocorrem na distimia, como alteração de apetite, sono  e energia. 
Outra  diferença importante é que na maioria dos casos a pessoa depressiva  busca se isolar de qualquer atividade, enquanto o distímico continua  realizando suas funções normais, mas sem sentir prazer e satisfação ao  realizá-las.  A grande dificuldade é perceber que há algo errado e que  os episódios de mau humor não são apenas características do indivíduo.  Apenas um diagnóstico clínico criterioso realizado por um psiquiatra ou  psicólogo pode apontar a ocorrência da doença e seu método correto de  tratamento.
 

 
 
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