quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Bem vindo 2013 - José Carlos Carturan




Costumo iniciar o ano saudando o ciclo que se inicia. Porém, antes de escrever o artigo fui reler o que havia escrito para o início do ano de 2012. Confesso que fiquei impressionado... Como acredito que nem todos tenham lido no ano passado e os que leram talvez tenham esquecido e principalmente pelo fato de ter dado ‘tão certo’ em 2011 e 2012 (quem esteve comigo vai entender) , transcrevo com as adaptações necessárias para este 2013.  Algo que é pessoal, mas que talvez represente alguns dos anseios comuns a tantos de nós, pessoas humanas. Antes de tudo, porém, agradeço ao ciclo que se finda, chamado ‘2012’.

Confesso que o texto serve também de guia pessoal, visando à estrita observância de alguns itens que obviamente não servem como receita infalível para uma vida perfeita, mas são preceitos razoáveis para um cotidiano mais aprazível.

Então, que seja bem vindo este 2013, que outrora pareceu tão distante, mas agora já é e deve ser usado como...presente. Que traga consigo as lições que devo aprender, para quem sabe com muita dedicação melhorar um pouco, frente ao muito que é necessário, a pessoa que sou.

 E que para isto, como sempre ouço de um grande mestre e amigo, eu tenha dentro do meu coração as cordas afinadas no mesmo diapasão que toca o “Grande Violão”. E que eu consiga diferenciar os ritmos; aliás, que eu esteja sempre no ritmo, no ritmo certo, seguindo o fluxo das coisas, nem tão veloz como normalmente exige a ardil ansiedade, nem tão lento como manda a sagaz displicência.

Que meus sonhos continuem vivos. E se estes sonhos estiverem em desacordo com minha missão, que eu passe a ter novos sonhos, que atendam o meu real propósito em estar vivo. Falando em sonhos, que eu perceba sempre, dormindo ou acordado, que meus sonhos são a mais pura ligação entre minha alma e meu destino. E sabendo disso que eu não seja precipitado e nem leviano com estes sonhos.

Que eu saiba desfrutar dos bons momentos com alegria e discernimento e consiga assimilar os golpes que virão com dignidade e o mesmo discernimento. Além disso, que eu tenha sensibilidade suficiente para perceber quando os golpes de outras pessoas são desferidos contra mim, por algo que tenha feito (ou deixado de fazer) e quando sirvo apenas como recipiente para as confusões, desacertos e inseguranças delas. Lembrando, claro, de rogar ao Pai Celestial que mantenha em meu caminho os reais companheiros de jornada, mas que também continue a abençoar e guardar, sem nenhum ressentimento, os que optaram por outras trilhas. Ah! Importante! Que minha percepção seja suficiente para diferenciá-los quando cruzarem meu caminho.

Que os ventos e tempestades de mudança sejam de intensidade suportável e me mantenham com os pés no chão, disposto a colocar mais uma pedra, depois de polida, em minha edificação pessoal, que deve obedecer a um complexo paradoxo entre a consistência firme de caráter, unida à flexibilidade em saber como e quando devo mudar. Tudo isto, sem sucumbir aos sorrateiros venenos da vaidade, deslealdade e outros tão traiçoeiros quanto. E que o ímpeto, como uma chama que brilha intensa e continuamente continue a guiar meus passos, sempre em equilíbrio, nesta Odisseia chamada vida. 
Que assim seja.  

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